Europa - Estado da União
Que espaço existe para a Cultura na Europa?
Uma grande maioria dos europeus não vai a concertos, nem a museus, nem ao cinema. O motivo: falta de interesse. Ainda assim, o consumo cultural na Europa difere de país para país. No total da Europa, a maioria dos trabalhadores do sector cultural tem o ensino superior e são homens.
Quem são os trabalhadores da Cultura na Europa?
Em milhares de pessoas, em 2020
Por sexo
Por idade
A maioria dos trabalhadores do sector da cultura na Europa são homens entre os 40 e os 49 anos com o ensino superior. Apesar de a diferença não ser tão grande como em outros sectores da sociedade, também no sector cultural existem mais homens do que mulheres. Em termos etários, a grande fatia dos trabalhadores da cultura está entre os 30 e os 49 anos.
Por nível de ensino
Participação em actividades culturais
Nos últimos 12 meses
Tipo de actividades
Nem o cinema, nem as visitas a instituições culturais, nem a presença em espectáculos ao vivo. Nenhum sector conseguiu chegar aos 50% (metade) dos inquiridos, quanto à frequência de pelo menos um destes três tipos de actividade nos últimos 12 meses. Na diferença entre países, são os países nórdicos que mais frequentam actividades culturais: Finlândia, Dinamarca, Suécia, Noruega e a Islândia. A estes, no topo da lista, junta-se ainda a Alemanha e a Suíça. Os dados ajudam a perceber que o consumo de cultura é estrutural – para o bem e para o mal. Questionados pelo motivo de não irem ao cinema, a concertos ou a museus, a maioria dos inquiridos europeus justificou com a falta de interesse.
Por países
Em % (2019)
Porque é que não participou em actividades culturais?
Nos últimos 12 meses
Principais motivos
Gastos em cultura
A França é, de longe, o Estado-membro que mais dinheiro destina à cultura: em 2019, o Governo presidido por Emmanuel Macron desembolsou quase 17 mil milhões de euros para investir no sector. A Alemanha surge em segundo lugar (13.870 milhões de euros), sendo que o fosso que a separa do terceiro e quarto postos é abismal: britânicos e espanhóis não investiram mais do que seis mil milhões de euros na cultura em 2019. Portugal surge na segunda metade da tabela (553 milhões de euros) e a última posição é ocupada pelo Chipre (53 milhões de euros).
Despesa média de consumo das famílias privadas em bens e serviços culturais
Em 2015, em Paridade do Poder de Compra (PPS, do inglês Purchasing Power Standard) é a escala utilizada pelo Eurostat para calcular o poder de compra em países com taxas de câmbio diferentes, que inclui a harmonização de diferenças de preços entre países
Gastos dos governos em cultura
Em milhões de euros, em 2019
Gasto dos governos em cultura por actividade
Em milhões de euros, em 2019
FICHA TÉCNICA
Textos: Rui Paiva Ilustração/animação: José Alves Infografia e desenvolvimento web: José Alves e Gabriela Gómez