Para Vítor Veríssimo, o facto de muitos funcionários não terem um local de trabalho fixo facilitou a propagação da doença. Neste surto em específico, grande parte dos casos foram detectados em concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo (Amadora, Loures, Almada, Seixal, Barreiro, entre outros), mas também na região Norte (Santa Maria da Feira).
“A maioria dos funcionários não são elementos contratados e fixos para determinada função. Há uma elevada mobilidade de profissionais da área entre diferentes obras (um dia exercem funções na obra x, outro dia na obra y) e são plurivalentes, dificultando a localização dos profissionais com quem estiveram em contacto”, explica o médico de saúde pública.
Os surtos de covid-19 em obras de construção civil, que se começaram a verificar em Maio, levaram a Direcção-Geral da Saúde a divulgar uma série de medidas para prevenir e controlar a covid-19 no sector.
As regras vão desde a obrigatoriedade de existirem dispensadores para desinfecção das mãos em todos os estaleiros à proibição de partilha de artigos pessoais, como marmitas, garrafas de água ou canetas. Quanto às ferramentas, devem ser desinfectadas quando utilizadas por pessoas diferentes.