-
-
É uma das mais recentes revelações do fado e vai mostrar no CCB, esta noite, porque é que a sua voz fica sempre com quem a ouve. Joana Almeida é a fadista que se segue no ciclo Há Fado no Cais.
Sentimento, entrega e humildade. Apesar de contar apenas 20 anos, Joana Almeida diz-nos – quando canta – que interpretar a emoção de um poema não tem idade. Basta senti-lo. E é isso precisamente que irá fazer hoje, pelas 21 horas, no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém (CCB), naquele que será o seu primeiro concerto de apresentação na capital. O espectáculo integra o ciclo Há Fado no Cais, organizado pelo Museu do Fado/EGEAC em parceria com o CCB, iniciativa que todos os meses convida fadistas para celebrar a música da alma portuguesa. Os bilhetes para o concerto estão disponíveis aqui ou na bilheteira do CCB.
Ao contrário das letras da maior parte das músicas que interpreta, tudo indica que o fado de Joana Almeida é de bom presságio. Mas não se pense que isto do destino é só acaso e sorte. Há, antes, muito trabalho e dedicação, com Joana Almeida a cantar naquela que é considerada a melhor escola de todas – as casas de fado do Bairro Alto e Alfama - desde que os estudos a chamaram de Felgueiras a Lisboa.
Esta noite, a casa será outra e no CCB poderá mostrar por que é que, em 2016, foi considerada a revelação do ano, tendo participado nos festivais Caixa Alfama e Caixa Ribeira. A descoberta da sua voz, porém, acontecera já em 2015, com a vitória do 2.º Grande Prémio Nacional do Fado.
O primeiro concerto a solo aconteceu em Julho do ano passado, quando pisou o palco da Casa da Música, no Porto, integrada no projecto “ Novos Valores do Fado”. Entretanto, Joana Almeida tem marcado presença assídua nas visitas cantadas do Museu do Fado e aqui fez parte, por exemplo, do elenco que homenageou a fadista Maria Severa. Despojada mas contagiante, é como muitos definem a forma como interpreta, o que lhe valeu o convite para participar no álbum “JazzInFado”, que reúne as ambiências do jazz e do fado na voz de nomes como Carlos do Carmo, Hélder Moutinho, Carminho, António Zambujo e Cuca Roseta, entre outros.
No ciclo Há Fado no Cais não existem nomes maiores ou menores, mas sim talento. E uma enorme vontade de preservar aquela que é uma das dimensões mais relevantes da cultura nacional, consagrada pela Unesco, em 2011, como Património Imaterial da Humanidade.
Há Fado no Cais – há já seis anos
Desde 2012 que o Museu do Fado/EGEAC se junta ao CCB para festejar o melhor do nosso fado. No ciclo Há Fado no Cais não existem nomes maiores ou menores, mas sim talento. E uma enorme vontade de preservar aquela que é uma das dimensões mais relevantes da cultura nacional, consagrada pela Unesco, em 2011, como Património Imaterial da Humanidade. Integrando vozes consagradas ou mais recentemente descobertas, o ciclo tem combinado tradição e inovação, contribuindo para a renovação constante do fado.
Neste ciclo de 2017/2018 participaram já no Há Fado no Cais os talentos de Aldina Duarte, Jorge Fernando, Joana Amendoeira, Gonçalo Salgueiro, Sara Correia, Pedro de Castro, Cuca Roseta e Carlos do Carmo. Nos próximos meses estão previstas as atuações de Maura (2 de Junho), Bernardo Espinho (29 de Setembro), Camané (11 de Outubro) e Gaspar Varela (24 de Novembro).
Gerir notificações
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Gerir notificações
Receba notificações quando publicamos um texto deste autor ou sobre os temas deste artigo.
Estes são os autores e tópicos que escolheu seguir. Pode activar ou desactivar as notificações.
Notificações bloqueadas
Para permitir notificações, siga as instruções: