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A vida segue normal na costa nortenha — mas adivinha-se uma revolução
Pela manhã bem cedo visitámos alguns espaços que o novo Plano da Orla Costeira entre Caminha e Espinho propõe que sejam demolidas. Estava nevoeiro e as manchas de betão, ferro, vidro e contraplacado estavam quase ocultas. Mas lentamente o véu foi-se dissipando e a vida em torno dos edifícios agora condenados, foi aparecendo. Passeios de bicicleta, corridas a dois ou a três, abraços do resto da noite, selfies ou simplesmente contemplar o mar. Beber um café. Conversar em sossego. E lá dentro dos edifícios condenados, empregados cumpriam mais um dia de trabalho. Ali poderão estar atentados à natureza, ruído para os nossos olhos. Mas ali estão postos de trabalho, está investimento, e em muitos deles, pelas cores das paredes, muitos anos de vida. Como se vai resolver? Como dizia alguém, "tanta gente sem casa e vão gastar dinheiro em demolições".