Rui Itálico apresenta-se como "Almirante do Velha Graça", um veleiro "branco que nem uma folha de papel", que "navega de porto em porto, à procura de novas ondas". Nasceu em Macau, mas rejeita portos de abrigo. É o vento que lhe dá "bolina e arco na vela". O mar e a descoberta são tudo para este homem do mar que "não quer ser de terra alguma". As suas várias personalidades estão à mostra nos seus retratos, de traços ferozes e crus, sintoma de "ilustrações revoltas" em "marés indomadas e mares sem leme". Depois de ancorar na galeria Avesso, o Almirante Rui Itálico colabora agora com os bracarenses Ermo e já grita "terra à vista" ao vislumbrar no horizonte uma exposição na Pensão Favorita, no Porto, com curadoria da Dama Aflita. AR