Rangel lança serviço de transporte à medida para crescer nas vendas
Grupo lança novo plataforma para serviços especiais e prioritários e quer facturar quatro milhões de euros no ano de lançamento. No ano passado, teve um volume de negócios de 153 milhões.
A rede de transporte e os serviços de logística estão cada vez mais preenchidos e em todo o mundo há cada vez mais ofertas e operadores. Mas os serviços regulares não dão resposta a todas as necessidades e não é impossível que surja uma empresa portuguesa que, numa sexta à noite, fique com um avião avariado em Cardiff, no Reino Unido, porque precisa de uma peça que tem de lhe chegar desde o Illinois, nos Estados Unidos. Um avião parado significa uma grande perda de tempo. Mas também de dinheiro. Resolvê-lo é um imperativo que, a partir de agora, com o lançamento do serviço Custom Critical, do grupo Rangel, pode estar à distância de um telefonema, ou de um click.
“Na segunda de manhã o problema estava resolvido”, conclui Nuno rangel, o presidente do grupo, depois de explicar qual foi o procedimento: “Uma pessoa, o chamado one board courier, mete a peça na mala, apanha dois voos para chegar a Londres, onde faz o desalfandegamento da peça e onde estava uma viatura à espera para a conduzir até ao destino final em Cardiff”.
O serviço em causa, e que se divide em dois segmentos, o “time critical”, em que a prioridade e a urgência são o mote, e o “special project”, em que as soluções são montadas à medida de cada pedido, por mais inviável que possa parecer, foi lançado em Janeiro. E, apesar de ainda não ter tido outra divulgação que não a que é feita pela força comercial do grupo, com cerca de 60 pessoas, - os pedidos de cotação deste serviços já são às dezena, todas as semanas. “ Já tem em pipeline projectos de um milhão de euros”, diz Nuno rangel, o que confirma que apesar de ambiciosa, a meta de quatro milhões de euros que quer atingir este ano com este serviço é realista. “O que gostávamos era de no curto prazo conseguir uma facturação de 15 milhões com este serviço”, afirma o gestor do grupo.
Depois de, pela primeira vez em muitos anos, as taxas de crescimento do grupo Rangel não se terem escrito com dois dígitos, Nuno Rangel defende que é com o lançamento de serviços inovadores que é possível continuar a conquistar mercado. O ano de 2015 fechou com um volume de facturação de 153 milhões de euros, com um peso muito equitativo em cada um dos segmentos de negócio: transporte rodoviário (22%), aéreo-marítimo (30%), FedEx (18%), logística, gestão e armazenamento (20%), transporte porta-a -porta (10%).
Para o responsável do grupo, se antes a Rangel podia dizer que fazia quase tudo o que podia ser feito na área dos transportes e da logística, hoje tem a certeza que “pode dizer que faz tudo”. “O nosso lema é garantir que podemos dizer sim a qualquer desafio que um cliente nos apresente”, sintetiza.
Para garantir que nunca terá de dizer que não, a Rangel demorou algum tempo a tipificar as situações possíveis e a garantir parceiros na Europa, uma carteira de fornecedores no mundo.