Luso-inglesa Farfetch atrai novos accionistas que investem 76 milhões

Empresa especializada em venda de roupa pela Internet quer reforçar expansão internacional.

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Empresa portuguesa Farfetch vende artigos de mais de 300 lojas de luxo internacionais.

A maior entrada de capital, em percentagem que não foi revelado, foi feita pela DST Global (especializada em investimentos em empresas tecnológicas). A Condé Nast Internacional (grupo que edita várias revistas) e a capital de risco Vitruvian Partners também entraram no capital da Farfetch por via do aumento de capital.

A empresa criada pelo português José Neves já contava na sua estrutura accionista com a Advent Ventures Partners, Index Ventures, Novel TMT e a e.Ventures.

Em declarações ao PÚBLICO, José Neves escusou-se a revelar qual é a participação que detém actualmente na empresa que criou, e se detém uma posição maioritária no capital, cujo montante actual não foi possível apurar.

Em comunicado, divulgado esta quarta-feira, a empresa, que é considerada uma espécie de  "Amazon da moda", revela que “já angariou 286 milhões de euros”.

José Neves esclarece que, no âmbito da entrada de novos investidores, a Farfetch, que tem boa parte do seu centro operacional no Norte de Portugal, foi avaliada em 894 milhões de euros (mil milhões de dólares).

José Neves explicou que o capital que acaba de entrar na empresa será destinado especialmente à expansão internacional, já iniciada, com a criação de novos websites em alemão, coreano e espanhol, e a abertura de escritórios em mercados-chave à escala global, como China, Japão e Rússia.

Uma das últimas apostas da empresa “ é o lançamento de entregas no próprio dia, em vários mercados globais, assim como o desenvolvimento continuado de programas VIP e de fidelidade para os consumidores da Farfetch, em 180 países”, destaca.

A Farfetch, criada em 2007, vende artigos de moda, do segmento de luxo, de mais de 300 lojas internacionais. As lojas disponibilizam os produtos, que são fotografados pela Farfetch, que depois os vende e entrega.

Em 2014, adianta José Neves, a facturação da empresa ascendeu a 300 milhões de dólares (cerca de 268 milhões de euros), montante que deverá subir para 500 milhões de dólares (cerca de 446 milhões de euros) este ano.

Dos 500 trabalhadores da empresa, cerca de metade está em Portugal, entre as instalações do Porto e de Guimarães. José Neves adianta que a empresa tem vindo a contratar mais trabalhadores, incluindo em Portugal, onde diz sentir algumas dificuldades em encontrar pessoal qualificado.

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