Empresa portuguesa cria o primeiro sapato de salto alto para pedalar uma bicicleta

Projecto da Helsar tem um protector de salto revestido a borracha e um material reflector.

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“A Helsar está a lançar uma nova marca. Creio que somos os primeiros no mundo a fazer um sapato que permite à mulher conseguir estar gira e andar de bicicleta ao mesmo tempo sem dar um trambolhão”, explico a responsável pelas relações públicas da empresa, Patrícia Correia. A marca tem o mesmo nome que o da mulher que criou o design dos sapatos recentemente. Marta Mestre, formada em Belas Artes, sempre adorou andar em duas rodas em Lisboa, mas depois de tirar o curso de design de calçado na Lisbon School of Design, começou a intrigar-se sobre como conciliar as suas duas paixões: “andar de bicicleta e a arte”, explica a designer.

O sapato, “prático”, como Patrícia Correia sublinha, tem um protector de salto revestido a borracha que se alonga por toda a sola e permite não estragar o sapato em contacto com o pedal. Impede ao mesmo tempo deslizes que facilmente levariam ao chão.  O salto tem ainda um material reflector que se destaca quando é iluminado pelos faróis dos carros, o que permite também viagens à noite.

“Temos 11 modelos criados e estão a ter uma boa aceitação. Ainda ontem fomos contactados por uma empresa de acessórios de bicicletas que ficaram surpreendidos. Não imaginavam que era possível criar um sapato de salto alto para andar de bicicleta”, conta Patrícia Correia, enquanto olha para  os sapatos em exposição ao lado de uma roda de velocípede no stand da feira, que termina esta quinta-feira. A responsável da empresa sublinha que a pretensão é “por as pessoas a andar de bicicleta”, mas o preço poderá ser um argumento dissuasor. A marca estima que cada par de sapatos deste tipo venha a ter um preço aproximado de 170 euros.

A empresa quer comercializar este produto em breve, mas não adiantou datas para a sua colocação no mercado. Vai aproveitar o dia europeu sem carros, a 22 de Setembro, para marcar o lançamento da marca com uma festa em São João da Madeira. A empresa portuguesa, que exporta 80% do que produz e que no ano passado facturou 2,3 milhões de euros, promete ainda outra novidade, um sapato feito em filigrana com jóias que será comercializado, o par, por um preço aproximado de cinco mil euros. “Há clientes para isso. Os angolanos chegam cá e querem. Teremos também uma opção em prata que ficará mais barata”, diz Patrícia Correia acrescentando que a criação do sapato resulta de uma parceria com uma empresa de Gondomar. O sapato de luxo será apresentado na Porto Jóia, feira de joalharia que decorre naquela cidade entre 24 e 27 de Setembro. O jornalista viajou a convite da APICAPPS

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