Autoridade da Concorrência dá luz verde à OPA sobre Vista Alegre

A compra da Vista Alegre pela Visabeira não implica nenhuns remédios
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A compra da Vista Alegre pela Visabeira não implica nenhuns remédios Carla Carvalho Tomás (arquivo)
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Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, Bernardo Vasconcellos e Souza, actual administrador da VAA, afirma que "a AdC proferiu decisão de não oposição", relativa "à aquisição do controlo" da empresa centenária.

Acrescenta ainda que "a decisão de não oposição não foi acompanhada de quaisquer compromissos, nem da imposição de condições ou obrigações destinadas a garantir cumprimentos dos mesmos", ou seja, que, no entender do organismo, a operação não terá de suportar quaisquer remédios.

A intenção da Visabeira, que foi conhecida a 19 de Janeiro, deverá concretizar-se, uma vez que já terá garantido mais de 63 por cento do capital da VAA.

Os principais accionistas da VAA (os bancos CGD, BCP e BPI, detentores de 60 por cento do capital) deverão alienar a totalidade ou uma parte significativa da sua participação.

As três instituições financeiras já tinham manifestado anteriormente a intenção de se afastar da empresa, o que é aliás corroborado pelo facto de a CGD e de o BCP serem os intermediários financeiros da operação movida pelo grupo de Viseu.

Além disso, o actual administrador da empresa, que, em conjunto com a irmã, detém perto de um por cento da VAA, também já se manifestou a favor da OPA, considerando-a "oportuna".

A somar a estas participações está a ainda o facto de a Visabeira ter anunciado, na passada quarta-feira a aquisição, via Cerutil (empresa de cerâmica do grupo), de 2,24 por cento da VAA.

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