Benfica, o apuramento imediato passa por fazer história na Turquia

Equipa da Luz nunca ganhou em solo turco. Besiktas ainda não perdeu na presente temporada.

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Osman Orsal/Reuters

É preciso recuar quase nove anos, até 28 de Novembro de 2007, para encontrar a última vitória do Besiktas, em casa, para a Liga dos Campeões. Esta é a boa notícia para o Benfica, que joga hoje em Istambul uma cartada potencialmente decisiva na luta pelo apuramento para os oitavos-de-final da prova. A má notícia é o momento de forma do campeão turco, que nesta época ainda não perdeu em nenhuma das competições. E já lá vão 16 jogos.

A equação é simples para os “encarnados”: um triunfo na Besiktas Arena assegura, automaticamente, um total de 10 pontos e a presença na próxima fase da Champions. O que não tem sido simples é a vida do Benfica na Turquia, país onde nunca conseguiu ganhar na sua longa aventura europeia (e já mediu forças com Galatasaray, Fenerbahçe, Trabzonspor e Altay). É, por isso, um desafio duplo aquele que Rui Vitória enfrenta esta tarde, sabendo que dobrar o adversário corresponde a dobrar a história, com o bónus de um prémio de qualificação de 5,5 milhões de euros.

“Não estamos focados em recordes. Queremos é passar esta fase. Isso dos recordes é secundário”, desvalorizou ontem o técnico ribatejano, lembrando que os obstáculos têm sido ultrapassados: “Quando fomos a Kiev, disse que era uma final. Já ganhámos duas e temos mais duas finais. Na verdade, não há outra forma de abordar os jogos”.

A abordagem do embate de hoje, porém, traz consigo uma dúvida de capital importância. Ljubomir Fejsa, que ficou de fora das últimas partidas por lesão, está entre os convocados, mas estará entre os titulares? “Vamos apresentar a equipa que dá mais garantias”, limita-se a referir Rui Vitória, que terá em Samaris a alternativa automática ao sérvio para ocupar a posição seis.

Se o Benfica tem tido uma relação tumultuosa com as lesões ao longo da presente época (começa agora a recuperar algumas pedras importantes), o Besiktas também chega a esta partida com algumas baixas, a começar por Talisca, o autor do golo do empate no Estádio da Luz, na 1.ª jornada do Grupo B. Ao médio brasileiro juntam-se o lateral esquerdo Caner Erkin e o central Rhodolfo.

“Após quatro jogos, ainda não fomos batidos por nenhum dos nossos rivais. Estamos a fazer um bom percurso”, resume Senol Gunes, treinador do campeão turco, debruçando-se depois sobre o adversário desta tarde: “O Benfica, tal como o Nápoles, é uma equipa que defende bem e apoveita bem os flancos. Para além disso, reage muito rapidamente à perda de bola e precisamos de encontrar o equilíbrio perfeito para este encontro”.

Com a qualidade de Ozyakup, que deverá regressar ao “onze”, e de Quaresma na manobra ofensiva, o Besiktas deverá ser capaz de manter o Benfica em sentido, mas a dor de cabeça de Senol Gunes reside numa defesa remendada. Ainda assim, o técnico de 64 anos não abdica de uma premissa: “um futebol bonito e um bom resultado”.

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