Exposição permanente das jóias da coroa deverá abrir em 2017

Conclusão das obras no Palácio da Ajuda permitirá a criação de um espaço para as jóias.

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A ala poente do Palácio nunca foi terminada Enric Vives-Rubio

“Considerámos que os montantes disponíveis – e, diria eu, infelizmente disponíveis, pois fazem parte do seguro das jóias que foram roubadas em 2002 – deviam ser gastos para que as jóias da coroa pudessem ter uma presença acessível ao povo português”, disse Barreto Xavier, explicando que estas terão uma exposição permanente num novo espaço a ser criado na fachada inacabada do Palácio da Ajuda.

O projecto de conclusão desta fechada terá a autoria e coordenação do arquitecto João Carlos dos Santos, que é hoje subdiretor-geral da Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) e que tem vindo a desenvolver várias versões da obra para o Palácio Nacional da Ajuda desde 2006, correspondendo esta última a uma versão actualizada da apresentada em 2011.

João Carlos dos Santos é autor de vários projectos, entre eles, o da recuperação e reabilitação da Igreja e Torre dos Clérigos, no Porto, concluída em Dezembro do ano passado, a recuperação e reabilitação do Mercado do Bolhão, também no Porto, e a recuperação e reabilitação do Mosteiro de São Martinho de Tibães, em Braga.

De acordo com o secretário de Estado da Cultura, este novo espaço do Palácio da Ajuda “dará também lugar à instalação de um serviço educativo e servirá ainda para exposições temporárias”.

A abertura é apontada para 2017, de acordo com os prazos de concursos necessários, “desde a obra ao programa expositivo”, explica Barreto Xavier. “O que queremos garantir é que os recursos financeiros e os recursos técnicos para este projecto estão efectivamente alocados, na certeza de que este projecto é viável também em termos de gestão. Ou seja, que a conclusão do Palácio da Ajuda e a abertura de uma nova ala com um conjunto de possibilidades garantam um aumento significativo de visitantes”, acrescenta ainda.

Para esta obra, Barreto Xavier vai utilizar os 4,4 milhões de euros do seguro das jóias da Coroa, roubadas em 2002 quando saíram de Portugal para uma exposição na Holanda. Em 2008, o Estado português recebeu da seguradora uma indemnização no valor de 6 milhões de euros – valor parcialmente utilizado para, em 2007, comprar, por 1,5 milhões, um quadro do pintor veneziano Giovanni Tiepolo.

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