Jazz e Sinfonia dão música a Matosinhos, com Gregory Porter

Gregory Porter e a Orquestra Sinfónica do Porto – dirigida pelo maestro Pedro Neves - saem da Casa da Música para darem um salto a Matosinhos e espalharem magia musical. O concerto é na Praça Guilhermina Suggia, hoje à noite, com entrada livre.

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Gregory Porter regressa aos concertos da Casa da Música Patrícia Amaral

Inserido no ciclo “Verão na Casa Super Bock”, que decorre até meados de Setembro, o concerto de Gregory Porter com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música [arranjos de W. Friede, M. Fondse e T. Trapp], esta noite pelas 22h00, na Praça Guilhermina Suggia, junto à Igreja do Senhor de Matosinhos, promete ser emotivo e bastante activo de acordo com Gregory Porter e Pedro Neves.

Reconhecido como um dos nomes mais importantes do jazz da actualidade, Gregory Porter faz da sua música uma fusão entre o jazz e outros géneros musicais, como o blues, o gospel ou até mesmo a soul. Vencedor de dois Grammy Awards, na categoria de Melhor Álbum de Jazz Vocal, com Liquid Spirit (2014) e Take Me to the Alley (2017), Gregory Porter faz dos seus concertos momentos intensos do primeiro ao último acorde, e sempre em grande empatia com o público. No concerto desta noite, garante “que as pessoas podem esperar um bom espectáculo”.

Tocar com uma orquestra não é novidade para Gregory Porter, mas fazê-lo no Porto tem um sabor especial porque, e como este confessou, “o Porto é um dos meus locais preferidos no mundo, o que torna tudo simples e uma relação muito mais fácil”. Sobre o espectáculo com a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, o norte-americano refere que, “tocar música ao vivo é sempre um desafio, mas com uma orquestra e ao ar livre ainda mais. Isto, no fundo, acaba por ser uma coisa muito orgânica e natural, com instrumentos acústicos a expressarem música. Gosto da sonoridade, e mesmo quando se trata de uma música mais suave, parece que se torna num som grandioso, quase como se fosse um animal poderoso a mover-se... Isso é excitante para mim”.

A experiência, essa, é positiva mas sabe a pouco. “Eu tenho andado em digressão e preferia ficar aqui uma semana ou mais e viver isto de uma forma mais casual. Temos apenas um dia para ensaiar, mas felizmente os músicos são muito bons profissionais [e toda a organização] e tornam tudo mais fácil para que consigamos fazer um bom espetáculo”, salienta Porter.

Acerca da possibilidade de voltarem a colaborar futuramente, Gregory Porter não tem dúvidas que sim: “claro. Nós estamos a divertirmo-nos imenso. Estou ansioso por esta actuação e estou a gostar de expandir o meu repertório e de tocar com orquestras. Tenho a certeza que esta não será a última vez”.

Quando questionado sobre o que é que as pessoas podem esperar do concerto desta noite, este aponta para o facto de estarem “a fazer alguns arranjos novos no álbum 'Take me to the Alley', mas também de algumas canções do 'Be Good' e do 'Liquid Spirit'. Queremos dar uma amostra daquilo que a banda é, da nossa sonoridade, mas também de como soa com uma orquestra”.

Já Pedro Neves, responsável pela direcção musical, aponta para o facto de que “para mim e para a orquestra é sempre uma experiência nova porque, apesar de a música ser uma linguagem universal, aqui são estilos diferentes que se unem e é sempre um desafio”. E não tem dúvidas que quem for assistir ao concerto não sairá de lá desiludido, antes pelo contrário. “As pessoas podem esperar um espectáculo muito activo no que diz respeito às emoções. As canções são muito diferentes entre elas e vai haver muita interação entre a Orquesta Sinfónica, o Gregory Porter e a sua banda. É um atractivo mais que suficiente para as pessoas virem assistir ao concerto”, conclui.