A sardinha é linda!

Chegada a época dos Santos Populares, qualquer pretexto é bom para comer sardinhas: seja nos bairros típicos, seja em casa com amigos, no restaurante ou numa qualquer esplanada.

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Como consumir sardinha
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Como conservar sardinha
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Como escolher sardinha

Não precisa de justificar a escolha! O seu consumo faz bem à saúde e recomenda-se que este peixe integre a nossa alimentação regular. E porquê? Porque “a sardinha é um peixe gordo, rico em ómega 3, um ácido gordo insaturado com benefícios comprovados a nível cardiovascular. Além disso, está ainda repleta de vitaminas e minerais como de niacina, vitaminas D, B6 e B12, potássio, zinco e fósforo”, explica Ondina Afonso, Directora de Qualidade e Investigação do Pelouro dos Frescos do Continente. 

Ganhou o nome de sardinha porque existia em grandes quantidades ao largo da Sardenha, em Itália. É a rainha dos Santos Populares e tema de conversa por todo o país. Tanto é que uma das perguntas mais comuns dos jornalistas quando fazem a cobertura das festas típicas costuma ser “a quanto está a sardinha?”. Afinal, a tradição ainda é o que era, e há que manter bons costumes. A sardinha transformou-se no símbolo gastronómico de Lisboa, tornando-se a marca oficial das Festas de Lisboa, a partir de 2003. 

O seu consumo está concentrado entre Junho e Setembro, embora o possa fazer durante todo o ano. Confesse lá, o calor, as idas à praia e os arraiais pedem mesmo uma sardinha acompanhada de salada ou no pão… Sendo uma prática saudável, o difícil vai ser comer duas, ou três, ou quatro… Que bom é poder comer sem se preocupar com a dieta. Neste caso, até pode repetir o prato sem remorsos.

As sardinhas querem-se boas!

Para quem quiser consumi-las num ambiente mais familiar, sem filas de espera, as peixarias do Continente têm à disposição “sardinhas com escamas aderentes e de olhos brilhantes e convexos”. Desengane-se quem pensa que este prato típico não pede criatividade. Tudo é possível. “Na altura dos Santos, sugerimos a broa de milho e os pimentos assados. Para quem não gosta de fumo na cozinha, poderá assar no forno envoltas em sal, mas que deverão estar inteiras para não ficarem salgadas”, sugere Ondina Afonso.

Já pensou em fazer pimentos recheados com arroz de sardinha? Ou para os mais alternativos, massa integral com pesto de ervilhas e filetes de sardinha? Atreva-se e siga as receitas disponíveis aqui e aqui.

Há ainda outro mito que importa desmistificar: não, a sardinha não se quer “pequena e boa”. O facto de a sardinha ter qualidade não depende do seu tamanho, apesar do dito popular. “Há sim, um gosto pelo tamanho da sardinha que varia consoante a região. As sardinhas no Sul (Algarve), querem-se pequenas (até lhes dão o nome de meia sardinha), e no Norte, preferem-se as maiores. Provavelmente, esse gosto advém do facto de no Algarve as sardinhas serem mais pequenas porque as águas são mais quentes e não haver tanto alimento para as mesmas se desenvolverem. No Norte, como as águas são mais frias, as sardinhas desenvolvem-se mais e ficam maiores”, acrescenta a directora de Qualidade e Investigação.

Trazer o mar à mesa

O Continente compra diariamente este produto nas suas 14 lotas nacionais ao longo da costa portuguesa, de Matosinhos a Portimão, procurando “as melhores embarcações, as que tratam melhor o produto. Todas as embarcações têm dornas térmicas, mas há a preocupação de escolher as que levam mais gelo para o ar, o que permite acondicionar e conservar melhor o peixe. Quanto melhor o tratamento, melhor será a qualidade do peixe”.

A insígnia pretende garantir que o peixe fresco “foi pescado nas últimas horas, até porque as embarcações saem por volta das 22h00 e nunca antes, regressando por volta das 7h00. Aliado ao facto de não perder a cadeia de frio, o Continente garante a maior qualidade do peixe todos os dias. A oferta diária contém assim o melhor peixe que o mar nos dá”. 

Portugal é reconhecido pela Comissão Europeia como um dos países que mais cumpre com as práticas sustentáveis, no que respeita à pesca. Isto é, uma pesca sustentável é aquela cuja prática “não provoca a extinção das espécies nem tem impactos negativos noutras espécies do ecossistema, ao remover as suas fontes de alimentação, ou prejudicar o seu ambiente físico ou capturá-las acidentalmente. E é dos armadores e lotas portuguesas que cumprem este protocolo que o Clube de Produtores Continente (CPC) abastece as lojas”.

A obtenção da certificação do CPC, no caso do peixe, “para além das questões da sustentabilidade, implica também o rastreio dos produtos através de análises químicas e físicas, o que garante a qualidade e segurança alimentar, numa perspectiva do mar à mesa”, conclui a responsável.