Peixe miúdo, refeição para um nobre. A confecção de peixes desconhecidos

Em Portugal capturam-se cerca de 200 espécies e somos o país da União Europeia que mais consome produtos derivados da pesca ou da aquicultura. Com cerca de 60 quilos per capita, comer peixe é connosco.

Se do ponto de vista da nutrição, da fruição sensorial e da criatividade gastronómica essa cultura piscícola é uma bênção, a verdade é que a mesma coloca pressão no estado dos stocks. E isso porque, apesar de termos diariamente várias dezenas de espécies à nossa disposição, a procura dos consumidores dirige-se constantemente a meia dúzia de delas – sempre as mesmas.

E como desconhecemos certas espécies, a Escola do Gosto convida chefs, pescadores e biólogos para transmitirem as suas experiências com peixes ditos menos nobres – conceito injusto – a quem gosta verdadeiramente de peixe.

O objectivo é quebrar preconceitos, dar a conhecer diferentes espécies e ensinar novas técnicas de confecção. Se alguém quiser aprender a cozinhar, com criatividade e facilidade, xaputas, fanecas, besugos e tantos outros peixes, nós estaremos cá para ensinar como se pode fazer um jantar com muito nível, com espécies que custam muito pouco.

Mas não faremos discriminações. Falaremos de sardas, safias, carapau ou sarajão, como de cherne, goraz ou, claro, do magnífico bacalhau, passando até pelos bivalves.

O pode aprender na Escola do Gosto

• Conhecer a diversidade piscícola e seu ecossistema
• Conhecer espécies ditas menos nobres (mas bem saborosas)
• Técnicas de confeção correctas (umas antigas e outras novas)
• O vasto universo dos bivalves
• Ouvir e aprender com chefes, pescadores e biólogos
• Ligar correctamente o peixe e os bivalves com o vinho