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O estranho ímpar: Carlos Drummond de Andrade

Joana Matos Frias

A aula parte da leitura dos versos finais de um poema de Carlos Drummond de Andrade intitulado «Igualdesigual», onde se lê: «Todas as criações da natureza são iguais./Todas as acções, cruéis, piedosas ou indiferentes, são iguais./Contudo, o homem não é igual a nenhum outro homem, bicho ou coisa./Não é igual a nada./Todo ser humano é um estranho/ímpar». Procurarseá aferir em que medida a avaliação é aplicável ao seu caso particular enquanto escritor, em especial no que respeita à sua posição no âmbito da elaboração de um modernismo programático mais ou menos consensual na década de 20, reflectindo sobre uma espécie de autorevisionismo obstinado que é marca característica do desenvolvimento da própria obra subsequente de Drummond.