Centro Cultural Islâmico de Milão pode ser base da Al-Qaeda na Europa

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Mário Cameira/PUBLICO.PT

A polícia italiana desconfiava já há algum tempo das actividades deste centro, nomeadamente que se tratasse de um ponto de encontro e contacto destinado a recolher fundos destinados ao terrorismo.Uma hipótese que seria confirmada pelo depoimento no passado mês de Fevereiro de Osene Ketch Ku, um marroquino de 37 anos que deixou Milão, em Janeiro de 1991, antes de se estabelecer definitivamente no Afeganistão e se transformar num dos instructores da Al-Qaeda.
Ketch Ku é uma das testemunha chave no processo contra Bin Laden, pelos atentados contra as embaixadas norte-americanas no Quénia e na Tanzânia e terá contado às autoridades americanas que quem o inseriu nas fileiras do exército de Bin Laden fora o então chefe espiritual do Centro Cultural Islâmico. De acordo com Ketch Ku, o ex-chefe espiritual conduziu o marroquino e outras quatro pessoas ao templo de al Faruk, através do Paquistão, com visto obtido junto da embaixada de Roma. No templo, teve lugar a cerimónia de juramento de fidelidade à Al-Qaeda.

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