Residências universitárias privadas funcionam como hotéis e podem fazer aumentos sem limite

Não há legislação que enquadre o tipo de contratos que as residências universitárias privadas podem fazer com os estudantes. Não é um arrendamento. Por isso, não há limites aos preços que cobram.

Foto
Francisco Lisboa paga 695 euros por uma quarto de 14m2 com casa de banho e uma pequena área de cozinha numa residência privada em Lisboa Carolina Pescada
Ouça este artigo
--:--
--:--

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Conseguir um lugar numa residência universitária pública nas grandes cidades universitárias é uma tarefa quase impossível, e, por isso, nos últimos anos, têm surgido, sobretudo em Lisboa e no Porto, mais residências privadas. Pensadas para estudantes estrangeiros, ou mesmo jovens trabalhadores, com maior poder de compra, afiguram-se agora como alternativa aos alunos portugueses que não conseguem casas ou quartos a preços que consigam pagar. No entanto, estas residências operam como se fossem unidades hoteleiras, celebrando “contratos de prestação de serviços de alojamento a estudantes”. Como resultado, não há limites aos preços que cobram, nem quaisquer protecções semelhantes à de um arrendamento.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.