Gronelândia: 85% dos cidadãos não querem ser parte dos EUA, indica sondagem

A Dinamarca anunciou na segunda-feira que vai gastar 14,6 mil milhões de coroas (1,9 mil milhões de dólares) para reforçar a sua presença militar no Ártico.

Foto
Sondagem conhecida esta terça-feira indica que os gronelandeses não estão a ser persuadidos por Donald Trump Dado Ruvic / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
01:28

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Uma sondagem revelou esta terça-feira que 85% dos gronelandeses não desejam que a sua ilha árctica - um território semi-autónomo da Dinamarca - se torne parte dos Estados Unidos, noticiou o diário dinamarquês Berlingske.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a dizer este mês que considera a Gronelândia vital para a segurança dos EUA e que a Dinamarca deveria renunciar ao controlo da ilha, que tem elevada importância estratégica. A sondagem da empresa de pesquisas Verian, encomendada pelo jornal dinamarquês, indicou que apenas 6% dos gronelandeses são favoráveis a ver o seu território tornar-se parte dos EUA, e que há 9% de indecisos.

A Dinamarca anunciou na segunda-feira que vai gastar 14,6 mil milhões de coroas (1,9 mil milhões de dólares) para reforçar a sua presença militar no Ártico. A Gronelândia - com uma massa terrestre maior do que o México e uma população de 57 000 habitantes - obteve uma ampla autonomia em 2009, incluindo o direito de declarar a independência da Dinamarca através de um referendo.

O primeiro-ministro da Gronelândia, Mute Egede, que tem vindo a intensificar a sua campanha pela independência, tem afirmado repetidamente que a ilha não está à venda e que cabe ao seu povo decidir o seu futuro. O exército americano tem uma presença permanente na base espacial de Pituffik, no noroeste da Gronelândia, um local estratégico para o seu sistema de alerta precoce de mísseis balísticos, uma vez que a rota mais curta entre a Europa e a América do Norte passa pela ilha.