Empresa Blue Origin (de Bezos) leva foguetão até à órbita da Terra pela primeira vez

O foguetão New Glenn conseguiu, pela primeira vez, chegar à órbita terrestre, sedimentando o nome da Blue Origin num mercado dominado pela SpaceX, de Elon Musk.

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O New Glenn descolou com sucesso de Cabo Canaveral, nos Estados Unidos Steve Nesius/REUTERS
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O foguetão New Glenn descolou com sucesso esta quinta-feira, às 7h03 (hora de Lisboa), do Cabo Canaveral, na Florida, EUA. O foguetão da Blue Origin, empresa fundada por Jeff Bezos há quase 25 anos, está mais perto de competir directamente com os modelos Falcon, da SpaceX de Elon Musk.

A missão NG-1 tinha como objectivo levar o foguetão até à órbita terrestre, o que foi conseguido 13 minutos depois da descolagem. O foguetão separou-se do propulsor com sucesso, mas a tentativa de fazer regressar o propulsor ao solo, pousando na plataforma marítima Jacklyn (baptizada em homenagem à mãe de Bezos), nem por isso.

Ainda assim, os feitos conseguidos nesta missão são cruciais para um avanço do mercado de transporte de satélites, mercado este ultimamente dominado pela SpaceX de Elon Musk.

O New Glenn, com 98 metros de altura, deveria, contudo, ter sido capaz de reutilizar o propulsor, meta essencial para tornar os lançamentos mais eficazes, económicos e, consequentemente, frequentes. Dessa forma, conseguiria autorização para operar e cumprir objectivos de lançamento de satélites militares e de telecomunicações e, portanto, ser uma alternativa aos foguetões Falcon 9 e ao Falcon Heavy.

Blue Origin leva foguetão à órbita e enfrenta SpaceX de Elon Musk  REUTERS/Joe Skipper
O New Glenn descolou com sucesso esta quinta-feira, às 07h00 (hora de Lisboa), de Cabo Canaveral, na Florida REUTERS/Steve Nesius
Este feito posiciona a Blue Origin como uma concorrente séria da SpaceX, especialmente no mercado de transporte de satélites e outras cargas para o espaço REUTERS/Steve Nesius
O New Glenn pode ser uma alternativa aos foguetões Falcon 9 e Falcon Heavy da SpaceX REUTERS/Steve Nesius
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Blue Origin leva foguetão à órbita e enfrenta SpaceX de Elon Musk  REUTERS/Joe Skipper

Este foguetão também desempenhará um papel crucial no desenvolvimento do projecto Kuiper, a constelação de satélites rival da Starlink.

Esta missão tem sido seguida de perto, não só pelos interessados pela nova conquista do espaço, mas também por entidades como a agência espacial NASA e o Departamento de Defesa dos EUA. Aliás, a NASA já tinha a intenção de usar o New Glenn numa missão a Marte, que estava planeada para Outubro de 2024.

A capacidade de descolar e, em 13 minutos, colocar uma cápsula em órbita foi algo que o foguetão Starship, também de Elon Musk, ainda nem tentou. Este foguetão, nos primeiros dois testes, explodiu. O sétimo teste estava previsto para esta última noite, mas que, para já, foi adiado por tempo indeterminado.

Apesar de não ter sido um voo inaugural perfeito, Ariane Cornell, vice-presidente da Blue Origin, considerou a missão como “um momento importante” e “um marco histórico”. “A próxima era de voos espaciais da Blue Origin está a chegar”, disse.

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