Aveiro confiante na classificação do barco moliceiro como Património da Humanidade

Decisão será conhecida no final deste ano. Antes disso, será publicado um livro dedicado ao moliceiro e à arte de construir a embarcação tradicional da ria.

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Uma regata de moliceiros na Ria de Aveiro Adriano Miranda
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Moliceiros no canal central da ria de Aveiro Adriano Miranda
,Moliceiro
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Num estaleiro de moliceiros na Torreira Adriano Miranda
Moliceiro
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José Oliveira, autor das pinturas e desenhos que decoram praticamente todos os moliceiros em actividade Adriano Miranda
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Moliceiros na ria - Murtosa, Estarreja Adriano Miranda
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No Estaleiro-Museu do Monte Branco na praia da Torreira Paulo Pimenta
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Moliceiros na ria Adriano Miranda
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Durante um passeio de barco moliceiro no Percurso de Salreu Adriano Miranda
,Lagoa de Aveiro
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Durante um passeio de barco moliceiro pela ria Adriano Miranda
,Capital Europeia da Cultura
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Durante um passeio de barco moliceiro pela ria Adriano Miranda
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Esta quarta-feira, foi dia de assinalar o segundo aniversário da inscrição do “Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro" no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial e de antecipar aquele que se espera que venha a ser o desfecho final da candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade entregue na UNESCO.

“Acredito que o processo terminará, no final deste ano, com a aprovação da candidatura”, perspectivou Joaquim Baptista, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA), na abertura de um encontro dedicado à preservação do património cultural imaterial em Portugal.

O programa pretendeu dar a conhecer o processo de candidatura do barco moliceiro e da arte da carpintaria naval da região – que, segundo foi anunciado, irá resultar na publicação, em breve, de um livro que perpetuará “o sentir do barco moliceiro” – , juntando vários especialistas, ao longo da tarde desta quarta-feira, no auditório do edifício Atlas, em Aveiro.

“Esta é uma vontade colectiva, um sentir de uma comunidade”, destacou o presidente da CIRA, a propósito do processo que conheceu, em Março do ano passado, um dos seus momentos altos: a candidatura do Barco Moliceiro: Arte da Carpintaria Naval da Região de Aveiro à lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade que Necessita de Salvaguarda Urgente foi formalmente entregue em Paris, sede da UNESCO.

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Durante um passeio pela ria num moliceiro adriano miranda

Se for aprovada, conforme esperam os autarcas da região de Aveiro, será “a primeira [de património cultural imaterial] da região Centro”, destacou, por seu turno, Maria Antónia Amaral, chefe de Divisão de Cadastro, Inventário e Classificação de Património Cultural.

Durante o evento “Cuidar e Valorizar o Património Cultural Imaterial em Portugal”, esta responsável deixou também o desafio para que possam surgir “muitas outras inscrições de manifestações culturais”, notando que a região Centro e ainda mais a do Sul ficam ainda aquém da região Norte no número de inscrições no inventário nacional.

Perante o risco de ver desaparecer o “saber-fazer” dos barcos moliceiros – restam apenas cinco mestres construtores e um mestre pintor que dedicam a sua vida ao barco moliceiro e às embarcações tradicionais da ria de Aveiro -, em 2019, a CIRA decidiu desenvolver um estudo para avaliar que opções poderiam ser implementadas com vista a salvaguardar este património, já com os olhos postos numa candidatura à UNESCO. O primeiro passo foi a inscrição no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, em Dezembro de 2022.

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