Suíça oferece-se para acolher cimeira entre Trump e Putin sobre a Ucrânia
Governo suíço diz que já informou Kiev, Moscovo e Washington sobre a sua disponibilidade para receber “quaisquer esforços diplomáticos para estabelecer a paz”.
O Governo suíço declarou-se pronto a acolher uma eventual cimeira entre o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, se e quando ambos os líderes o solicitarem, para discutir uma solução para a guerra na Ucrânia.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros suíço, Nicolas Bideau, confirmou este domingo ao diário suíço Le Temps que o seu país tinha informado a Ucrânia, a Rússia e os Estados Unidos da sua “disponibilidade” para acolher “quaisquer esforços diplomáticos para estabelecer a paz”, após ter organizado uma cimeira com o mesmo objectivo em Junho do ano passado na cidade de Bürgenstock.
Trump, que assumirá formalmente o seu segundo mandato na Casa Branca a 20 de Janeiro, confirmou na quinta-feira que está a trabalhar para organizar um encontro com Putin, na sequência das promessas feitas durante a sua campanha para trazer a paz à Ucrânia.
“O Presidente Putin quer encontrar-se. Ele disse-o mesmo publicamente e temos de acabar com esta guerra. É uma confusão sangrenta”, afirmou o Presidente eleito norte-americano
No dia seguinte, o Kremlin, através do seu porta-voz, Dmitri Peskov, saudou a oferta de Trump, mas disse que a questão não seria discutida em profundidade enquanto o magnata norte-americano não ocupasse a Sala Oval.
“Não são necessárias condições para tal, [apenas] um desejo mútuo e vontade política de conduzir um diálogo e resolver os problemas existentes através do diálogo”, sublinhou o porta-voz do Governo russo
O governo ucraniano, por seu lado, reagiu sem qualquer interesse ao anúncio de Trump e garantiu, segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Georgi Tikhi, que irá dedicar os seus esforços a estabelecer contactos bilaterais de “alto nível” com a nova administração norte-americana assim que Trump regressar à Casa Branca.