Pedro Nuno diz que Moedas “falhou” e não conseguiu resolver “um único problema” da cidade

O socialista admitiu que Moedas “herdou problemas que já são antigos”, só que, ao contrário de os resolver, acabou por os ver agravarem-se.

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O secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos, em Braga HUGO DELGADO / LUSA
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O secretário-geral do PS afirmou este sábado que Carlos Moedas "falhou" e não foi capaz de resolver "um único problema" da capital, sublinhando que no seu mandato se agravaram os problemas da mobilidade, da habitação, da higiene e da segurança em Lisboa.

Para Pedro Nuno Santos, o presidente da Câmara de Lisboa, neste momento, “não é mais do que um produto de comunicação e de imagem”.

“Aquilo de que Lisboa precisa é de um presidente de câmara com a capacidade e a força para resolver os problemas da cidade de Lisboa, que Carlos Moedas é incapaz de resolver”, sublinhou.

Pedro Nuno Santos reagia, assim, às palavras de hoje de Carlos Moedas num encontro de autarcas sociais-democratas em Ovar, que, numa mensagem vídeo, acusou o PS actual de estar colonizado pelo Bloco de Esquerda.

“Isso é conversa de um presidente de câmara que não tem sido capaz de resolver um único problema aos lisboetas. O presidente da Câmara Municipal de Lisboa devia olhar para si e para o seu trabalho, em vez de inventar fantasmas que não existem”, disse ainda o líder socialista.

O socialista admitiu que Moedas “herdou problemas que já são antigos”, só que, ao contrário de os resolver, acabou por os ver agravarem-se.

“Carlos Moedas falhou e hoje basta falar com qualquer lisboeta da esquerda ou da direita para percebermos que os lisboetas já perceberam todos que Carlos Moedas é incapaz de resolver os problemas”, rematou.

Manifestação

Pedro Nuno Santos afirmou ainda que as manifestações desta tarde em Lisboa "mostram bem" que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade e da segurança efectiva.

Em declarações aos jornalistas em Braga, Pedro Nuno disse que a manifestação contra o racismo e a xenofobia, após a intervenção policial que encostou dezenas de imigrantes contra a parede na Rua do Benformoso, em Lisboa, "foi uma das maiores manifestações" que a capital já conheceu.

Pelo contrário, acrescentou, a manifestação convocada por grupos da extrema-direita e pelo partido Chega "teve pouca gente".

"Acho que este dia mostra bem que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade, da segurança, mas da segurança efectiva, não é da de operações que são instrumentalizadas por governos ou por políticos, é da segurança, do policiamento de proximidade, da utilização das câmaras de videovigilância para nos proteger", referiu o líder socialista.

Sublinhou que a manifestação promovida por várias associações cívicas "não é contra ninguém, não é uma manifestação contra a polícia, não é uma manifestação contra a segurança e as políticas de segurança".

"Antes pelo contrário, é uma manifestação pelos valores do nosso país, da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da união do povo português, contra todas as tentativas de instrumentalização da polícia, de instrumentalização das forças de segurança e todos os discursos que visam dividir a população", sublinhou.

Pedro Nuno Santos acusou o Chega, o primeiro-ministro e o Governo de "instrumentalizarem" a polícia.

"Nós vimos isso da parte do Governo, mas vimos obviamente também do líder da extrema-direita e isso é mau para a polícia e é mau para os polícias serem usados e instrumentalizados pela extrema-direita. E o Governo cometeu esse erro também, e o primeiro-ministro cometeu esse erro de instrumentalizar e de se apropriar dos resultados das forças de segurança", rematou.

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