Montenegro sobre as manifestações: “Os extremos saíram à rua”

Já o secretário-geral do PS considerou que acções deste sábado “mostram bem” que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade e da segurança efectiva

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Luís Montenegro MANUEL FERNANDO ARAUJO / LUSA
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O primeiro-ministro, Luís Montenegro, considerou este sabádo que "os extremos saíram à rua". Foi assim que o primeiro-ministro se referiu às manifestações que aconteceram em Lisboa, ao mesmo tempo que descrevia o actual Governo da AD como o elemento moderador da sociedade.

“Num dia em que os extremos erguem cada um a sua bandeira em contraponto, em conflito aberto, nós somos o elemento de moderação”, declarou Luís Montenegro, que discursava em Ovar, num encontro organizado pelos autarcas sociais-democratas, acrescentando que o país tem de continuar a ser “seguro” para aqueles que aqui vivem e para aqueles que cá querem investir.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, por seu turno, considerou que as manifestações desta tarde em Lisboa “mostram bem” que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade e da segurança efectiva.

Em declarações aos jornalistas em Braga, Pedro Nuno disse que a manifestação contra o racismo e a xenofobia, após a intervenção policial que encostou dezenas de imigrantes contra a parede na Rua do Benformoso, em Lisboa, “foi uma das maiores manifestações” que a capital já conheceu.

Pelo contrário, acrescentou, a manifestação convocada por grupos da extrema-direita e pelo partido Chega “teve pouca gente”.

“Acho que este dia mostra bem que os portugueses estão do lado da democracia, da liberdade, da segurança, mas da segurança efectiva, não é da de operações que são instrumentalizadas por governos ou por políticos, é da segurança, do policiamento de proximidade, da utilização das câmaras de videovigilância para nos proteger”, referiu o líder socialista.

Sublinhou que a manifestação promovida por várias associações cívicas “não é contra ninguém, não é uma manifestação contra a polícia, não é uma manifestação contra a segurança e as políticas de segurança”.

“Antes pelo contrário, é uma manifestação pelos valores do nosso país, da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da união do povo português, contra todas as tentativas de instrumentalização da polícia, de instrumentalização das forças de segurança e todos os discursos que visam dividir a população”, sublinhou.

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