Caixas negras de avião da Jeju Air pararam de gravar quatro minutos antes da colisão
Autoridades que estão a investigar catástrofe que matou 179 pessoas, o pior desastre aéreo na Coreia do Sul, querem analisar causas que levaram gravadores de dados de voo e voz a deixaram de gravar.
Os gravadores de dados de voo e de voz da cabine do avião da Jeju Air que caiu a 29 de Dezembro de 2024 pararam de gravar cerca de quatro minutos antes de o avião atingir uma estrutura de betão do aeroporto de Muan, na Coreia do Sul, informou o Ministério dos Transportes neste sábado, 11 de Janeiro.
As autoridades que estão a investigar a catástrofe que matou 179 pessoas, o pior desastre aéreo de sempre em solo sul-coreano, tencionam analisar as causas que levaram as "caixas negras" a deixarem de registar os dados. O gravador de voz foi inicialmente analisado na Coreia do Sul e, quando se verificou a falta de dados, foi enviado para um laboratório do Conselho Nacional de Segurança dos Transportes dos Estados Unidos, para ser analisado em cooperação com a autoridade de segurança norte-americanas, explica o ministério.
Ao aterrar no Aeroporto Internacional de Muan, no Sudoeste da Coreia do Sul, o avião da Jeju Air deslizou na pista e colidiu com uma parede de betão, incendiando-se de imediato e matando 179 pessoas que seguiam a bordo.
Foi o desastre aéreo com mais vítimas mortais de 2024 e o pior de sempre em solo sul-coreano, matando dezenas de pessoas que voltavam de férias na Tailândia. Os únicos dois sobreviventes são membros da tripulação, um homem e uma mulher. O voo da Jeju Air, uma companhia low-cost sul-coreana, partiu de Banguecoque já depois da meia-noite (hora local). Às 8h54, já muito próximo da Coreia do Sul, a tripulação recebeu um aviso relativo a aves no espaço aéreo próximo.
Os pilotos, que já faziam uma aproximação programada, confirmaram uma colisão com as aves. Minutos depois, o avião declarou mayday à torre de controlo do aeroporto de Muan. Depois de uma primeira tentativa falhada, o avião tenta aterrar mas, às 9h03, derrapou sobre a pista ao longo dos 2800 metros e embateu na parede de betão, explodindo numa bola de fogo.
Em 13 minutos, as autoridades declararam uma emergência de nível 3, mobilizando 80 bombeiros, apoiados por 32 viaturas e equipas de resgate de toda a região. Durante 43 minutos longos minutos, os bombeiros lutaram contra as chamas, que foram contidas às 9h46. A causa oficial do acidente ainda não é conhecida.