Suspeito de assalto à secretaria do MAI acusado de furto qualificado
Entre os 10 computadores portáteis levados, no valor de 600 euros cada, estavam o do secretário-geral da Administração Interna e da secretária-geral adjunta da Administração Interna.
O suspeito do assalto à secretaria-geral do Ministério da Administração Interna, a 28 de Agosto de 2024, foi acusado de um crime de furto qualificado, de acordo com a acusação do Ministério Público consultada esta quinta-feira pela Lusa.
Do edifício da secretaria-geral, situado na rua de São Mamede, em Lisboa, foram levados 10 computadores portáteis, no valor de 600 euros cada, incluindo os computadores do secretário-geral da Administração Interna, Marcelo Mendonça de Carvalho, e da secretária-geral adjunta da Administração Interna, Teresa Costa, revela a acusação.
A investigação não conseguiu apurar a hora exacta em que o suspeito terá entrado na secretaria-geral, tendo o Ministério Público indicado na acusação que o assalto aconteceu antes das 6h20 do dia 28 de Agosto.
O Ministério Público defende que o homem conseguiu entrar através do edifício contíguo, escalando os andaimes que estavam ali instalados. A partir daí, partiu o vidro da janela da sala de reuniões do 6.º andar, de onde retirou três computadores.
Depois, o suspeito terá ido até ao 5.º andar, mais precisamente até à sala de apoio informático, de onde retirou os restantes computadores.
O material informático foi colocado em dois sacos e numa mochila que o arguido tinha às costas e, pelas 6h20, este saiu da secretaria-geral através dos mesmos andaimes que usou para entrar. Depois, lê-se na acusação, "dirigiu-se ao Largo de São Domingos, onde vendeu os computadores".
O Ministério Público pede ainda a perda a favor do Estado das vantagens patrimoniais obtidas pelo arguido ou do pagamento ao Estado do valor correspondente, uma vez que "logrou apoderar-se ilegitimamente de diversos bens".
O arguido continua preso na cadeia anexa à Polícia Judiciária, onde está desde 3 de Setembro, dia em que foi detido.
Com a dedução da acusação, o suspeito pode ainda requerer abertura de instrução, para que um juiz de instrução avalie se existem indícios suficientes para que o caso siga para julgamento. Caso não peça abertura de instrução, será marcada uma data para o julgamento.
No passado dia 4 de Setembro, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, determinou à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) a instauração de um processo de inspecção extraordinária com vista a apurar os factos que permitiram a intrusão e o furto ocorridos no edifício da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna.