Paulo Bugalho: “Não vamos perceber o que é isto de ser humano se não lermos”
O cérebro será a “última fronteira” onde se produzem sonhos num processo que encontra paralelo na literatura. Paulo Bugalho, neurologista, escritor, entra nesse território atrás do nosso melhor duplo.
Tomemos um sonhador comum, alguém que durma oito horas por noite. Contas redondas, quatro dessas oito horas são a sonhar, mesmo para os que garantem que não sonham. Multipliquemos isso por 365 noites e temos 1460 horas de sonho por ano. O autor desta contabilidade deixa, contudo, uma advertência: “O total de que um bom sonhador se lembrará num ano será apenas dezoito horas”, e mesmo essas se desvanecem pouco depois do acordar. Quantas ideias boas produzidas nessas horas se terão perdido?, pergunta o mesmo sonhador em estado de vigília, convencido de que muitas seriam aliadas preciosas do acto criativo, histórias nascidas num processo não muito diferente do literário.
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