Taxa de juro dos novos depósitos volta a cair e aproxima-se dos 2%

Remuneração da poupança caiu em Novembro pelo décimo primeiro mês. Taxa de depósitos a mais de dois anos caiu 0,35 pontos percentuais, para 1,54%.

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Poupanças das famílias têm crescido, apesar da ligeira redução em Novembro face ao máximo do mês anterior Nuno Ferreira Santos
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A taxa de juro média dos novos depósitos de particulares manteve a trajectória de descida em Novembro, completando uma série de 11 meses de queda consecutiva. A taxa de juro média passou de 2,39%, em Outubro, para 2,28% em Novembro, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

A taxa de remuneração das poupanças das famílias fica cada vez mais distante do máximo atingido em Dezembro de 2023, quando chegou aos 3,08%. Em Novembro desse mesmo ano, a taxa fixou-se em 2,98%.

As taxas de juro dos depósitos acompanharam a subida das taxas Euribor, referência para a maioria dos empréstimos à habitação existentes, mas também para alguns produtos de poupança, como os Certificados de Aforro, cuja taxa está actualmente em 2,5%.

Por prazos, nos novos depósitos até um ano, a taxa de juro média diminuiu 0,11 pontos percentuais, para 2,30%. “Esta continuou a ser a classe de prazo com a remuneração média mais elevada e representou 97% dos novos depósitos em Novembro”, destaca o BdP.

Significativamente mais baixas são as remunerações médias dos novos depósitos de mais de um e de dois anos, que apresentaram quedas de 0,02 e 0,35 pontos percentuais, fixando-se em 1,74% e 1,54%, respectivamente.

Portugal mantém-se na décima posição dos países da zona euro que menos remuneram as poupanças dos particulares, apesar de a taxa de juro média no conjunto dos países ter caído 0,12 pontos percentuais, para 2,61%.

O montante dos novos depósitos caiu 1543 milhões de euros em Novembro, para 11.612 milhões, depois de em Outubro o montante ter atingido um novo máximo histórico, nos 13.154 milhões.

Apesar do abrandamento de novos depósitos, o stock de depósitos cresceu em Novembro pelo terceiro mês consecutivo, para 191,7 mil milhões de euros, mais 2361 milhões do que em Outubro. A maior contribuição para este aumento veio do crescimento de 1730 milhões de euros das responsabilidades à vista (essencialmente depósitos à ordem), o que se explica pelo pagamento dos subsídios de Natal.​

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