Novo crédito à habitação atinge em Novembro o segundo maior valor em 10 anos
Taxa média caiu pelo décimo mês, para 3,29%, menos 0,11 pontos percentuais que no mês anterior.
O montante dos novos contratos de crédito à habitação recuou 10 milhões de euros em Novembro de 2024, para 1667 milhões, mas anda assim o segundo maior da série estatística iniciada em 2014, e que ocorre um mês depois de ter sido fixado um máximo histórico (1676 milhões de euros).
De acordo com a informação revelada esta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP), e pelo segundo mês consecutivo, o crédito concedido a jovens até 35 anos representou 48% montante de novos contratos para habitação própria permanente.
Sem surpresa, a taxa de juro média dos novos contratos de crédito à habitação continua a descer muito lentamente, caindo 0,11 pontos percentuais, para 3,18%. A dos contratos renegociados também recuou 0,11 pontos, para 3,65%.
Portugal apresenta a sétima taxa mais baixa da zona euro, inferior à média do conjunto destes países, que se fixou em 3,44%, recuando 0,06 pontos percentuais face a Outubro.
O domínio das taxas mistas (com um período inicial de taxa fixa e os restantes variáveis ou associados às Euribor) manteve-se praticamente inalterado, ascendendo a 76% dos novos empréstimos à habitação. No final de Novembro, os contratos a taxa mista representavam 32% da carteira total de crédito à habitação.
A taxa de juro média das novas operações a taxa mista foi de 3,06%, menos 0,08 pontos percentuais do que em Outubro, e a mais baixa dos três regimes, uma vez que a taxa variável se situou em 3,93% e a taxa fixa 3,56%.
O total das novas operações de empréstimos aos particulares (incluindo contratos totalmente novos e contratos renegociados) foi de 2982 milhões de euros, menos 106 milhões do que em Outubro.
Neste universo, os novos contratos de crédito ao consumo e outros fins diminuíram 43 e 24 milhões de euros, para 540 e 216 milhões de euros, respectivamente.
As renegociações de crédito diminuíram 28 milhões de euros, para 559 milhões, “em grande parte” devido às renegociações de crédito à habitação, que decresceram 27 milhões de euros para 521 milhões, destaca o BdP.