Hamas divulga lista de reféns que pode libertar em caso de cessar-fogo

Grupo islamista está disposto a libertar 34 reféns no cenário de um hipotético cessar-fogo. Israel diz não ter recebido qualquer lista.

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Na lista, a que a estação britânica BBC teve acesso, constam 34 nomes Kai Pfaffenbach / REUTERS
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O Hamas afirma estar disposto a libertar 34 reféns numa primeira fase de um hipotético acordo de cessar-fogo com Israel, segundo avança a BBC.

Na lista, a que a estação britânica teve acesso, constam 34 nomes. No entanto, não há certezas sobre quantos estarão, de facto, vivos. Todas as pessoas terão sido capturadas no ataque de 7 de Outubro de 2023, à excepção de duas. Avera Mengitsu e Hisham al-Sayed terão sido capturados em 2014 e 2015, respectivamente.

O gabinete do primeiro-ministro israelita, contudo, diz não ter recebido qualquer lista de reféns do Hamas, nem tem informação sobre o estado de saúde das pessoas que constam na lista. Aliás, Israel alega que a lista publicada pela BBC foi originalmente transmitida pelo Governo israelita a intermediários nas negociações em Julho de 2024.

A lista inclui pessoas entre um e 86 anos de idade, bem como crianças que o Hamas já tinha dito previamente que teriam sido mortas num ataque aéreo israelita.

O mesmo órgão de comunicação avança que, no domingo, o Hamas publicou um vídeo de Liri Albag, 19 anos e uma entre os 34 reféns, no qual esta apela ao governo israelita para que chegue a um acordo de cessar-fogo. Liri é uma das mulheres capturadas no ataque de 7 de Outubro.

As negociações de cessar-fogo continuaram, este fim‑de‑semana, em Doha, no Qatar. Também este fim‑de‑semana, o Ministério da Saúde de Gaza, coordenado pelo Hamas, disse que os ataques aéreos israelitas mataram mais de 100 pessoas.

É expectável que David Barnea, líder da equipa de negociação israelita, se desloque à capital catari ainda esta segunda-feira.

Esta segunda-feira em Seul, Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, disse estar "confiante de que um acordo seja concluído a qualquer momento", apesar de ter admitido a hipótese de acontecer já depois do fim do mandato de Joe Biden, a 20 de Janeiro. De momento, os EUA preparam-se para vender mais de oito mil milhões de dólares em armas a Israel.

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