Mais de 30 golfinhos morreram devido a derrame de petróleo no mar Negro

Derrame de 2400 toneladas de combustível junto à Crimeia provocou a morte de 32 golfinhos. Putin fala de um “desastre ecológico”. Derrame foi causado por dois petroleiros em meados de Dezembro.

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A zona afectada foi o estreito de Kerch, entre o mar Negro e o mar de Azov, uma importante rota comercial que tem sido um ponto-chave do conflito entre a Rússia e a Ucrânia Sergey Pivovarov / REUTERS
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O derrame de petróleo ocorrido há três semanas no mar Negro, perto da Península da Crimeia, ocupada pela Rússia, provocou a morte de 32 golfinhos, divulgou neste domingo, 5 de Janeiro, um grupo de resgate de animais.

Os petroleiros Volgoneft-212 e Volgoneft-239 afundaram-se no dia 15 de Dezembro numa tempestade que afectou o estreito de Kerch, que separa a península da Crimeia e a região russa de Krasnodar. Os navios terão libertado 2400 toneladas de combustível e as regiões de Kerch e Krasnodar declararam imediatamente uma emergência.

Segundo indicou o Centro de Investigação e Resgate Delfa Dolphin da Rússia, numa mensagem divulgada na plataforma Telegram, foram encontrados 61 cetáceos mortos (baleias e golfinhos), mas, destes, 29 terão morrido antes do derrame e os restantes 32, depois.

“A julgar pelo estado dos corpos, muito provavelmente a maioria destes cetáceos morreu nos primeiros dez dias após o desastre. Agora o mar continua a arrastá-los”, refere a mensagem, acrescentando que a maioria dos golfinhos mortos pertencia à espécie ameaçada de Azov.

O Ministério de Emergência russo disse neste domingo que mais de 96 mil toneladas de areia e solo contaminados foram removidos pelas autoridades e voluntários ao longo da costa dos distritos de Anapa e Temryuk, na região de Krasnodar. O Presidente russo, Vladimir Putin, classificou o derrame de petróleo como um “desastre ecológico”.

O Estreito de Kerch é uma importante rota marítima global, proporcionando a passagem do interior do mar de Azov para o mar Negro. Foi também um ponto-chave do conflito entre a Rússia e a Ucrânia, depois de Moscovo ter anexado a península, em 2014.