O desafio de Montenegro é deixar a marca do PSD sem ficar refém do populismo radical
O empenho de Luís Montenegro em deixar a marca do PSD na governação do país é claramente visível na gestão do sector da saúde. É notória a aposta da valorização dos operadores privados e sociais.
Luís Montenegro terá, durante o ano que agora se inicia, o desafio de mostrar que é capaz de ser primeiro-ministro de um governo de maioria relativa bastante frágil e de, ainda assim, deixar a marca ideológica e programática do PSD na gestão do país e nas orientações que imprime à sociedade. Não será fácil. Tem uma escassa base de apoio parlamentar, constituída por 78 deputados à Assembleia da República eleitos pelo PSD – os mesmos que o PS possui –, mais dois eleitos pelo CDS, seu parceiro da coligação pré-eleitoral, Aliança Democrática. Isto num Parlamento onde os 50 deputados do Chega introduziram um estilo e uma prática populista radical de extrema-direita, apostados que estão em degradar e implodir o sistema democrático.
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