António Costa regressa a Belém e almoça com o Presidente da República

Encontro de Marcelo Rebelo de Sousa com o ex-primeiro-ministro acontece um dia depois de ter pedido “cooperação estratégica” e “bom senso” a Luís Montenegro.

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Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, esta quinta-feira ANTONIO PEDRO SANTOS / LUSA
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Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa almoçaram juntos, esta quinta-feira, depois de uma audiência no Palácio de Belém. O encontro com o ex-primeiro-ministro e actual presidente do Conselho Europeu acontece depois de o Presidente da República ter voltado a pedir ao actual primeiro-ministro, Luís Montenegro, mais cooperação estratégica.

António Costa foi recebido em Belém às 12h30 desta quinta-feira, para uma audiência com Marcelo Rebelo de Sousa. De acordo com a Presidência da República, o objectivo deste encontro passava pela discussão de assuntos internacionais e europeus.

À chegada a Belém, o agora presidente do Conselho Europeu foi recebido por Marcelo Rebelo de Sousa na Sala das Bicas, perante a comunicação social. Enquanto atravessavam a sala, lado a lado, o ex-primeiro-ministro perguntou ao Presidente da República se estava bem-disposto. "Muito bem-disposto", respondeu o chefe de Estado.

Na véspera, na sua mensagem de Ano Novo, Marcelo Rebelo de Sousa pediu a Luís Montenegro “cooperação estratégica” e “bom senso”. "Precisamos que o bom senso que nos levou a reforçar a solidariedade institucional, e até a cooperação estratégica entre órgãos de soberania, nomeadamente entre o Presidente da República e o primeiro-ministro, prossiga", sinalizou, no seu penúltimo discurso de Ano Novo enquanto Presidente da República.

Esta não foi, contudo, a primeira vez que pediu cooperação ao chefe do executivo. Marcelo Rebelo de Sousa tem sinalizado, embora nas entrelinhas, a falta de cumplicidade que existe entre os dois.

A 18 de Dezembro, quando o executivo se deslocou a Belém para apresentar cumprimentos de Natal, o Presidente da República pediu ao Governo mais "previsibilidade" e uma "cooperação estratégica" porque a "solidariedade institucional é importante, mas não é suficiente".

Logo no início do mês, Marcelo Rebelo de Sousa recordava, numa iniciativa do PÚBLICO, a sua coabitação com António Costa. "Dizia muitas vezes a um governante com o qual partilhei quase oito anos e meio de experiência inesquecível: um dia reconhecerá que éramos felizes e não sabíamos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. "Era tudo relativo, era uma felicidade relativa, mas, comparado com o que vinha por aí, era uma felicidade", sublinhou.