E se o problema não for apenas Hélder Rosalino?
O problema não está nas remunerações dos reguladores, está no que toleramos que seja o vencimento de um alto quadro da administração central do Estado, considerando as responsabilidades que tem.
Não se chega a perceber o que é que o Governo esperava com esta novela do secretário-geral. Mesmo a expetativa de que entre festas ninguém desse por nada era pueril e o desfecho acabou por se tornar inevitável. No entanto, este episódio tem também um efeito de revelação de um problema profundo e que vai bem para além da ida, entretanto cancelada, de Hélder Rosalino do Banco de Portugal para secretário-geral do Governo: as baixíssimas remunerações dos dirigentes de topo da administração direta do Estado.
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