Carcaça de mamute jovem encontrada quase intacta no permafrost da Sibéria

A carcaça do mamute, de 110 quilos e 50 mil anos, foi descoberta no solo que está a descongelar da Sibéria.

Researchers stand behind glass fencing as they show the carcass of a baby mammoth, which is estimated to be over 50,000 years old and was found in the Siberian permafrost in the Batagaika crater in the Verkhoyansky district of Yakutia, during a demonstration in the laboratory of the Mammoth Museum at the North-Eastern Federal University in Yakutsk, Russia, December 23, 2024. REUTERS/Roman Kutukov
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A carcaça do mamute com 50 mil anos Roman Kutukov/Reuters
The carcass of a baby mammoth, which is estimated to be over 50,000 years old and was recently found in the Siberian permafrost in the Batagaika crater in the Verkhoyansky district of Yakutia, is seen behind glass fencing during a demonstration in the laboratory of the Mammoth Museum at the North-Eastern Federal University in Yakutsk, Russia, December 23, 2024. REUTERS/Roman Kutukov
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Pormenor do mamute descoberto na Sibéria Roman Kutukov/Reuters
FILE PHOTO: Researchers Gavril Novgorodov and Erel Struchkov pose for a picture next to the carcass of a baby mammoth, which is estimated to be over 50,000 years and was found in the Siberian permafrost in the Batagaika crater in the Verkhoyansky district of the Sakha Republic, also known as Yakutia, Russia, June 13, 2024. Courtesy Gavril Novgorodov via REUTERS NO RESALES. NO ARCHIVES. MANDATORY CREDIT./File Photo
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Os investigadores Gavril Novgorodov e Erel Struchkov junto à carcaça de mamute com 50 mil anos Cortesia de Gavril Novgorodov/Reuters
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Investigadores na Sibéria estão a realizar testes num mamute juvenil cujos restos mortais, surpreendentemente bem preservados, foram descobertos em solo de permafrost (solo que se mantinha sempre congelado) após mais de 50 mil anos. A criatura, que se assemelha a um pequeno elefante com uma tromba, foi descoberta na cratera Batagaika, uma enorme depressão com mais de 80 metros de profundidade que está a aumentar devido às alterações climáticas.

A carcaça do mamute, que pesava mais de 110 quilos, foi trazida até à superfície numa maca improvisada, informou Maxim Cherpasov, director do Laboratório do Museu do Mamute Lazarev, na cidade de Iacutusque​, na Sibéria. O mamute tinha provavelmente pouco mais de um ano de idade quando morreu, mas os testes permitirão aos cientistas confirmar isso com mais exactidão, segundo aquele responsável.

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A carcaça do mamute com 50 mil anos encontrada na Sibéria Roman Kutukov/Reuters

O facto de a cabeça e a tromba terem sobrevivido é particularmente invulgar. “Como regra, a parte que descongela primeiro, especialmente o tronco, é frequentemente comida por predadores ou aves. Aqui, por exemplo, embora os membros anteriores já tenham sido comidos, a cabeça está notavelmente bem preservada”, disse Maxim ​Cherpasov à agência Reuters.

É a última de uma série de descobertas espectaculares no permafrost russo. No mês passado, cientistas da mesma vasta região Nordeste – conhecida como Sakha ou Iacútia –​ mostraram os restos mortais com 32 mil anos de idade de uma pequena cria de tigre-dentes-de-sabre, enquanto no início deste ano foi descoberta uma carcaça de lobo com 44 mil anos de idade.