Pedro Nuno: “Se a insegurança se agravar a responsabilidade será do primeiro-ministro”
O líder do PS voltou a comentar a acção policial no Martim Moniz, desta vez para criticar a reacção do Governo e afirmar que se a insegurança piorar a culpa será de Montenegro.
O secretário-geral do PS afirma que "se Portugal é um dos países mais seguros do mundo, é porque os diferentes governos do PS o permitiram". Numa publicação na rede social X, o líder socialista afirma que "o PS sempre foi mais eficaz a garantir a segurança dos portugueses". E diz que tendo Luís Montenegro "recebido uma herança reconhecidamente positiva" na área da segurança, então "se a insegurança se agravar nos próximos anos, tal será da responsabilidade do primeiro-ministro e do seu Governo".
No mesmo dia em que foi publicada a entrevista do primeiro-ministro ao Diário de Notícias, na qual Luís Montenegro aborda a acção policial no Martim Moniz, Pedro Nuno Santos afirma que "passados alguns dias, a polémica rusga realizada no Martim Moniz e a reacção do Governo às críticas generalizadas merecem alguns comentários".
Recorde-se que Pedro Nuno Santos disse ter "dúvidas" sobre a legalidade do "espectáculo degradante" no Martim Moniz e colou o Governo de Luís Montenegro ao rótulo de executivo "mais extremista das últimas décadas". Por sua vez, Montenegro considerou "absolutamente impróprio que se possa considerar acções de natureza preventiva, policial, em contextos localizados, onde há histórico recente de prática reiterada de crime, como uma expressão de governação extremista".
Na primeira observação que fez na publicação deste domingo, Pedro Nuno Santos assinala que, no seu entender,"a direita portuguesa acha que uma rusga ocasional, desproporcional e sem resultados relevantes é a chave para a segurança dos portugueses".
Na mesma publicação, o líder do PS afirma que "a segurança é mantida de forma mais eficaz através de estratégias assentes no policiamento de proximidade, regular e permanente", através "da instalação das câmaras de vídeo vigilância, já aprovadas, para as zonas de maior risco, e de investimento no espaço público" e da existência de iluminação pública, que são da responsabilidade da Câmara de Lisboa, acrescenta.