Metro do Porto encerra operação mais cedo na segunda-feira devido à greve

Em toda a rede do Metro do Porto, as últimas partidas de segunda-feira, 30 de Dezembro, vão registar-se entre as 22h e as 23h.

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Viagem experimental do metro entre Santo Ovídio e Vila D'Este, em Vila Nova de Gaia Teresa Miranda
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A Metro do Porto anunciou este sábado, 28 de Dezembro, que vai encerrar a sua operação mais cedo na segunda-feira, 30, devido à greve convocada pelo Sindicato dos Maquinistas, que reclama do operador ViaPorto o pagamento do prémio anual de desempenho.

"Devido a uma greve convocada pelo SMAQ (Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses), o Metro do Porto vai encerrar a sua operação mais cedo, na próxima segunda-feira, dia 30 de Dezembro, com as últimas partidas a registarem-se, em toda a rede, entre as 22h e as 23h", pode ler-se num comunicado publicado pela transportadora no seu site oficial.

Na linha azul (A), as últimas partidas serão às 22h23 no sentido Senhor de Matosinhos e às 22h45 no sentido Estádio do Dragão, na linha vermelha (B) às 22h11 no sentido Estádio do Dragão e 22h31 no sentido Póvoa de Varzim, e na linha verde (C) às 22h21 no sentido Campanhã e às 22h51 no sentido ISMAI.

Quanto à linha amarela (D), a última partida será às 22h53 no sentido Hospital São João e às 23h03 no sentido Vila d"Este, na linha violeta (E) às 22h44 no sentido Aeroporto e às 22h57 no sentido Estádio do Dragão, e na linha laranja (F) as últimas partidas serão às 22h21 no sentido Senhora da Hora e às 22h49 no sentido Fânzeres.

As últimas circulações com ligação à linha amarela (D) na estação da Trindade partirão às 22h11 da Póvoa de Varzim, às 22h21 do ISMAI e de Fânzeres, às 22h27 do Aeroporto, às 22h30 do Senhor de Matosinhos, às 22h44 do Estádio do Dragão e às 22h52 da Senhora da Hora.

Já para ligar a linha Amarela (D) às restantes linhas na Trindade, a última circulação a sair de Vila d'Este para ligar às linhas A e B sai às 22h05, para ligar às linhas C e E sai às 22h20 e para ligar à linha F sai às 22h38.

Já do Hospital São João, às 22h10 sai o último veículo para ligar à linha A, às 22h20 para ligar à linha B, às 22h30 para ligar às linhas C e E e às 22h50 para ligar à linha F.

O Sindicato dos Maquinistas anunciou na sexta-feira uma "greve total" na operação da Metro do Porto nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, exigindo o pagamento do prémio anual, ainda não efectuado, ao operador ViaPorto, do grupo Barraqueiro.

De acordo com uma nota de imprensa do SMAQ enviada à Lusa, a paralisação terá também efeitos nos dias 30 de Dezembro e 2 de Janeiro, já que os trabalhadores representados pelo SMAQ estarão em greve "à prestação de trabalho suplementar"

Já nos dias 31 de Dezembro e 1 de Janeiro, marcados pela habitual afluência de público ao centro do Porto para a passagem de ano, e em que normalmente o metro funciona durante toda a noite, "os trabalhadores representados pelo SMAQ encontram-se em greve a prestação de todo e qualquer trabalho".

Contactado pela Lusa, o dirigente sindical do SMAQ afecto à Metro do Porto Hélder Silva disse que os motivos para a greve são os mesmos que levaram à paralisação que decorreu entre 17 e 22 de Dezembro.

Em causa está "a falta de cumprimento do Acordo de Empresa por parte da empresa", no caso a ViaPorto, do Grupo Barraqueiro, que opera o Metro do Porto, relativamente ao pagamento de um prémio anual referente a 2023.

O SMAQ pede ainda a "melhoria das condições de trabalho reivindicadas pelos trabalhadores da Viaporto, Lda. integrados nas carreiras de condução, no que respeita às viagens sem serviço" e a regularização dos descansos compensatórios.

Já a ViaPorto, contactada pela Lusa, remeteu para uma nota interna divulgada aquando da primeira greve, referindo que o SMAQ ignora "a realidade da empresa" ao convocar greves.

Na comunicação interna da empresa, a ViaPorto disse ter tido "o expresso cuidado de informar o sindicato que, actualmente, a situação financeira da ViaPorto está desequilibrada, em resultado de a mesma estar a aguardar o desfecho dos processos de reposição do equilíbrio financeiro que dependem da Metro do Porto SA e do Estado Português".