A necropolítica do medo
Uma imensa fila de corpos encostados à parede pela necropolícia, num bairro habitado maioritariamente por migrantes, serve para mostrar corpos que perderam todo o seu poder, socialmente mortos.
“Conter e controlar o fluxo migratório” apresenta-se simultaneamente como condição de uma garantia de segurança e como protecção de uma identidade. Se isso implica atentados aos direitos humanos e faz reviver a época dos campos (há numerosos campos de “retenção” na Europa), tudo não passa de danos colaterais marginais de uma política necessária. É desta maneira que as coisas nos são apresentadas.
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