A grandiosa Viena e as suas máscaras
Viena, que nas primeiras décadas do séc. XX deu ao mundo uma grandiosa constelação de génios, é definida como “cidade das ideias” por Richard Cockett. Um epíteto feliz, mas complexo.
A descoberta da grande cultura vienense entre o final do século XIX e o Anschluss, a anexação, em 1938, deu-se tardiamente. É verdade que Freud e a psicanálise tiveram uma recepção imediata e triunfante em toda a Europa e nos Estados Unidos; que o serialismo dodecafónico de Schoenberg e dos seus alunos (Alban Berg e Anton Webern, entre outros) fez de Viena a reconhecida capital da “nova música”, que teve em Adorno um veemente defensor e estudioso; que, no domínio da filosofia, o “Círculo de Viena”, tanto quanto o filósofo Ludwig Wittgenstein (1889-1951), não permaneceram desconhecidos; e que escritores como Stefan Zweig e Robert Musil (inicialmente, mais o primeiro do que o segundo) tiveram direito a uma circulação nada restrita.
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