O romance, problema por resolver: Desfile, de Rachel Cusk
A britânica recusa fórmulas e continua a perseguir e a interrogar a arte do romance.
A maior ambição de Rachel Cusk (n. 1967) talvez seja a de não se repetir, a si mesma e ao modo convencional de escrever romances. O mais recente, Desfile, volta a afirmar essa intenção da autora britânica, um dos nomes mais originais, inconformados e mesmo polémicos da literatura actual, alguém que pegou na chamada literatura do eu para a interrogar e transformar, sobretudo na trilogia Outline (A Contraluz, em Portugal), e de que fazem parte ainda os títulos Trânsito (Quetzal, 2018) e Kudos (Relógio d’Água, 2019).
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