As autoridades da região de Krasnodar, no Sul da Rússia, declararam na quarta-feira situação de emergência em toda a área costeira, afirmando que o petróleo continua a dar à costa 10 dias depois de um desastre ambiental provocado por dois antigos dois petroleiros danificados.
O petróleo provém dos petroleiros que foram atingidos por uma tempestade a 15 de Dezembro, que partiu um dos navios ao meio e encalhou outro. A poluição, que cobriu as praias arenosas de Anapa e arredores, uma popular estância de Verão, causou sérios problemas às aves marinhas e a outros animais aquáticos, como os golfinhos.
Veniamin Kondratiev, governador da região de Krasnodar, afirmou num comunicado que tinha decidido declarar uma emergência a nível regional porque o petróleo continuava a poluir a costa nos distritos de Anapa e Temryuk. Anteriormente, tinha declarado uma emergência menos grave a nível municipal.
Trabalhos de limpeza em curso
“Inicialmente, de acordo com os cálculos de cientistas e especialistas, a principal massa de fuelóleo deveria ter permanecido no fundo do mar Negro, o que teria permitido a sua recolha na água”, escreveu Kondratiev na aplicação de mensagens Telegram.
“Mas o tempo dita as suas próprias condições, o ar aquece e os produtos petrolíferos sobem para a superfície. Como resultado, estão a ser transportados para as nossas praias”, acrescenta o governador.
Por outro lado, um centro de crise dedicado à limpeza afirmou que a proa de um dos petroleiros – o Volgoneft-239 – tinha sido descoberta debaixo de água e que os mergulhadores iriam verificar se havia alguma fuga de produtos petrolíferos assim que as condições meteorológicas o permitissem.
No total, foram inspeccionados mais de 256 quilómetros quadrados da zona costeira e recolhidas 25 toneladas de lamas de petróleo e água, informou o mesmo centro.