Greve no handling atrasou “alguns voos” no aeroporto de Lisboa
A greve está a causar mais impacto no sector da carga, havendo “vários camiões ainda parados”, sem haver previsão de quando serão despachados.
A greve das empresas de handling Menzies, antiga Groundforce, e Portway provocou atrasos em "alguns voos", sendo o sector das cargas o mais afectado, disse fonte sindical à Lusa. Carlos Oliveira, da direcção do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), lembrou pelas 16h30 desta quarta-feira, 25 de Dezembro, que o "fluxo de aviação é muito menor no dia de hoje, dia de Natal, encontrando-se cerca de 10, 11 voos com atraso no aeroporto de Lisboa, devido greve dos trabalhadores da Menzies que prestam assistência em terra (handling) nos aeroportos.
De acordo com o responsável, a greve está a causar mais impacto no sector da carga, havendo "vários camiões ainda parados", sem haver previsão de quando serão despachados.
A greve, que teve início à meia-noite de 22 de Dezembro, é efectuada em módulos de duas horas nas entradas e/ou saídas dos turnos.
A Lusa pediu dados sobre a adesão à greve dos trabalhadores da SPdH/Menzies, que reivindicam melhores condições salariais e de trabalho, e também à ANA — Aeroportos, aguardando resposta.
Na origem do protesto está a ausência de resposta da empresa a questões como a falta de transportes a algumas das horas em que turnos começam e acabam e a exigência de que os trabalhadores paguem o parque de estacionamento quando levam o seu carro.
O SIMA exige ainda que a Menzies acabe com a existência de vencimentos base inferiores ao valor do salário mínimo nacional (820 euros em 2024) e cumpra o pagamento das horas nocturnas pelo valor previsto no acordo de empresa.
Além dos trabalhadores da antiga Groundforce, também os da empresa de handling Portway têm uma greve marcada para o período do Natal e Ano Novo.
A greve convocada pelos sindicatos abrange todo o trabalho suplementar, com início à meia-noite de 24 de Dezembro de 2024 e até à meia-noite de 1 de Janeiro de 2025.