Ministério Público abre inquérito a figuras públicas e influencers por promoção de jogo ilegal

Dezessete figuras públicas fizeram publicidade, de forma repetida, a operadores de jogos online não licenciados em Portugal.

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Dezessete figuras públicas e influencers fizeram publicidade, de forma repetida, a operadores de jogos online não licenciados em Portugal. Rui Gaudêncio
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O Ministério Público instaurou "muito recentemente" um inquérito a 17 figuras públicas e influencers por promoverem operadores online de jogo ilegal, confirmou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

A investigação, que abrange simultaneamente cinco sites de apostas alegadamente não licenciados, foi aberta na sequência de uma queixa-crime apresentada pela Associação Portuguesa de Apostas e Jogos Online (APAJO). "Confirma-se a instauração, muito recentemente, de inquérito que teve origem em queixa apresentada pela Associação referida", adiantou, em resposta à Lusa, fonte oficial da PGR.

A apresentação da queixa-crime tinha sido anunciada a 17 de Dezembro, em comunicado, pela APAJO. A associação acrescentou então que, desde o início de 2024, tinham sido já denunciadas outros cinco pessoas e oito operadores não-licenciados.

As 17 figuras públicas e influencers visadas na queixa-crime mais recente têm em comum "o facto de terem, de forma repetida, feito publicidade, em vídeos, através das redes sociais, nos seus perfis com centenas de milhares de seguidores, ou através de links de afiliado, a operadores de jogos online não licenciados em Portugal, e, portanto, ilegais, bem como páginas que os publicitam", explicou, na nota, a APAJO.

Já os cinco operadores foram denunciados por suspeita de exercerem a actividade "sem o devido licenciamento do Serviço de Regulação e Inspecção de Jogos (SRIJ)".