Marinha acompanhou mais quatro navios russos na 72.ª missão deste tipo
A operação “prolongou-se por mais de 60 horas” e terminou este domingo. Quatro navios russos de suporte logístico e anfíbios passaram pela Zona Económica Exclusiva.
A Marinha acompanhou a passagem de mais quatro navios russos de suporte logístico e anfíbios pela Zona Económica Exclusiva, uma operação que durou mais de 60 horas e foi a 72.ª deste ano.
Em comunicado, aquele ramo das Forças Armadas indica que, "na sequência do continuado movimento de meios navais russos em direcção ao Mediterrâneo Oriental, a Marinha desenvolveu uma operação de acompanhamento, que terminou esta manhã, dos navios de suporte logístico Ursa Major e Sparta, e dos navios anfíbios Ivan Gren e Aleksandr Otrakovskiy, que cruzaram o limite norte da Zona Económica Exclusiva (ZEE) do continente no passado dia 19 de Dezembro".
A operação "prolongou-se por mais de 60 horas" e terminou este domingo, pelas 8h20.
"O Centro de Operações Marítimas monitorizou permanentemente a actividade destes navios e coordenou o emprego do NRP Álvares Cabral e do NRP Sines que acompanharam estes navios durante as suas navegações ao longo da ZEE do continente", indica a Marinha.
Esta foi a 72.ª missão de acompanhamento efectuada pela Marinha este ano.
"A Marinha, através destas acções de monitorização e vigilância, garante a defesa e segurança dos espaços marítimos sob soberania, jurisdição ou responsabilidade nacional, contribui para a protecção dos interesses de Portugal e das suas infra-estruturas críticas e, simultaneamente, assegura o cumprimento dos compromissos internacionais assumidos no quadro da Aliança Atlântica, 24 horas por dia, nos 365 dias do ano", salienta.
Em meados de Novembro, o chefe do Estado-Maior da Armada disse que há um "trânsito cada vez mais intenso" de navios russos na costa de Portugal e que recentemente cruzou águas portuguesas uma embarcação dedicada à espionagem.
Henrique Gouveia e Melo explicou que a Marinha acompanha este fluxo de navios russos com apertada vigilância.
"A nossa resposta a isso é segui-los, controlá-los, mantê-los sob pressão constante com a nossa presença também constante", afirmou aos jornalistas.