Não me custa admitir que, da primeira vez, foi o cansaço e a sonoridade da toponímia que me atraíram a Guadix. Deixara a auto-estrada e circulava ao longo de uma avenida que nada tinha de diferente de tantas outras cidades espanholas. Começava a ser abalado por um profundo sentimento de arrependimento quando, de forma puramente instintiva, face à minha santa ignorância sobre Guadix, resolvi desviar à direita, limitando-me a conduzir por ruas sem qualquer noção de estética até que me decidisse a terminar aquela espécie de via-sacra que dificilmente me contemplaria com uma grata memória.
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