Sem crença nos governos, a luta pela habitação fez-se com a mobilização popular
Num ano em que a crise habitacional se agravou e em que os governos teimaram em “não ouvir” as populações, a colectivização da luta pelo direito à habitação ganhou protagonismo.
No ano de dois governos e de duas estratégias para a habitação (uma vinda do ano passado e já revogada em grande parte, a outra ainda a ser implementada), o que marca 2024 tem pouco de política nos seus moldes tradicionais e muito de como a iniciativa cívica ainda é um agente de mudança. Perante o agravamento de uma crise indiferente a medidas que uma e outra vez falharam e falham em travar preços, em aumentar oferta acessível e em proteger os grupos mais vulneráveis, a resposta à crise habitacional foi, desta vez, popular.
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