Mais de 18.600 viticultores são hoje chamados a votar nas eleições da Casa do Douro

Foram submetidas duas listas candidatas à direcção. A lista A é liderada por Manuela Alves e a lista B é encabeçada por Rui Paredes.

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As mesas de voto para estarão abertas entre as 14h00 e as 18h00 Paulo Pimenta
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As eleições para a direcção e conselho regional da Casa do Douro decorrem este sábado com 18.655 viticultores/eleitores inscritos. As 76 mesas de voto distribuídas por 17 concelhos da Região Demarcada do Douro estarão hoje abertas entre as 14h00 e as 18h00.

Este é o primeiro acto eleitoral para a direcção e conselho regional depois de o Parlamento ter aprovado, em Janeiro, a restauração da Casa do Douro como associação pública de inscrição obrigatória, que terá como missão representar a produção daquela que é a mais antiga região demarcada e regulamentada do mundo – o Douro.

Foram submetidas duas listas candidatas à direcção do organismo. A lista A - Devolver a Casa do Douro aos Pequenos e Médios Viticultores - é liderada por Manuela Alves e a lista B – Douro Unido - é encabeçada por Rui Paredes.

Para o conselho regional de viticultores foram apresentadas 35 listas, tendo sido, posteriormente, excluída uma delas em Santa Marta de Penaguião.

O mandato é de três anos e a direcção eleita tomará posse, em princípio, em Janeiro perante o conselho regional de viticultores. O mandato da direcção só pode ser renovado duas vezes.

O conselho é composto por 51 membros eleitos por sufrágio directo dos associados singulares, sendo depois designados representantes das adegas cooperativas, cooperativas agrícolas e associações de viticultores.

Criada em 1932 para defender os viticultores, a organização viu alterados os estatutos para associação privada de inscrição voluntária em 2014 e, dez anos depois, volta a ter uma dimensão pública.

A nova lei foi aprovada em Janeiro de 2024 com os votos a favor do PS, PCP, BE, PAN, Livre e do então deputado social-democrata Artur Soveral de Andrade, a abstenção do PSD e os votos contra do Chega, Iniciativa Liberal (IL) e do deputado socialista Capoulas Santos.