Juros dos créditos à habitação dos últimos três meses caem para 3,423%

No conjunto da carteira, a taxa de juro implícita baixou para 4,186% em Novembro, mantendo-se, assim, num valor elevado.

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RG Rui Gaudêncio - 13 Novembro 2024 - Bairro ilegal da Penajóia no Monte da Caparica, Almada. Foi construído pelos moradores num terreno propriedade do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU). Há uma acção de despejo para demolição das casas ilegais mas os moradores não têm outra solução de habitação. . Rui Gaudêncio
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As taxas Euribor, a que está associada cerca de 70% da carteira de crédito à habitação em Portugal, tem descido de forma significativa, mas o seu reflexo na carteira de crédito continua a ser lento, em parte também porque os spreads ou margem comercial dos bancos permanece acima de 1%. Este facto, bem como o peso das taxas mistas, com fixação dos juros nos primeiros anos, ajuda a explicar que a taxa do stock de empréstimos (que inclui todos os regimes de taxas) se tenha fixado em 4,186% em Novembro, menos 0,091 pontos percentuais face a Outubro (4,277%). Trata-se da décima queda consecutiva.

No espaço de um ano, a taxa do conjunto dos contratos caiu 0,338 pontos percentuais, segundo os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Mais baixa está a taxa implícita nos créditos celebrados nos últimos três meses (neste caso entre Agosto e Outubro), em que a taxa de juro caiu para 3,423%, menos 0,011 pontos percentuais do que no mês anterior, e representando uma redução de 0,095 pontos percentuais desde o máximo atingido em Outubro de 2023.

A prestação média dos contratos mais recentes desceu dois euros face a Outubro, para 632 euros, o que corresponde a uma descida de 3,5% em termos homólogos. Já no conjunto da carteira, a prestação média é mais baixa, de 403 euros, um euro inferior à do mês anterior e sete euros acima da registada em Novembro do ano passado.

Com a descida da taxa de juro desce o “peso” dos juros na prestação, que ainda assim permanece acima de 50% da prestação, mais precisamente 58% ou 234 euros no conjunto dos contratos, e a componente de amortização de capital corresponde a 48%, ou a 169 euros.

Ainda no conjunto dos contratos, o capital médio em dívida para a totalidade dos contratos subiu 437 euros comparativamente ao mês anterior, fixando-se em 68.129 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio em dívida foi 139.868 euros, mais 3581 euros que em Outubro.

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