Embaixada do Brasil reabre sede em Lisboa. Obras custaram 1,6 milhão de euros

Recuperação do prédio, que tem pintura de Di Cavalcanti e fontes de água potável da região dos Sete Rios, custou 600 mil euros a menos que o previsto. Abertura será em 10 de janeiro.

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Prédio da embaixada do Brasil em Lisboa passou por ampla recuperação Reprodução
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O prédio da embaixada do Brasil em Portugal será reaberto em 10 de janeiro de 2025, depois de mais de um ano em obras. Foram investidos 1,6 milhão de euros (R$ 10,1 milhões) na recuperação, 600 mil euros (R$ 3,8 milhões) a menos do que o previsto inicialmente, segundo o embaixador Raimundo Carreiro, que negociou cada um dos contratos. “Foi a primeira grande reforma estrutural do prédio desde que foi adquirido pelo governo brasileiro em 1985”, afirma. “Houve uma revitalização geral do prédio”, acrescenta.

A festa de inauguração, como diz o embaixador, pois não houve, até hoje, um evento oficial nesse sentido, contará com a presença do ministro de Relações Exteriores do Brasil (MRE), Mauro Vieira, que estará em Portugal para participar, no Porto, dias antes, de um encontro com o corpo diplomático português. A cada ano, um país é convidado para essa conversa como forma de estreitar as relações. O escolhido da vez foi o Brasil. “Queremos fazer um grande evento. Estamos conversando com diversas autoridades portuguesas”, diz o embaixador.

A sede da embaixada do Brasil em Lisboa fica na Estrada das Laranjeiras. Conhecido como Quinta de Milflores, o empreendimento, construído na segunda metade do século XVII, foi parcialmente destruído pelo terremoto de 1755. Historiadores ressaltam que, durante o processo de recuperação, houve várias alterações na arquitetura do prédio. A quinta foi adquirida, em 1918, pelo industrial Carlos Ramires dos Reis. Entre 1979 e 1985, esteve sob o guarda-chuva do Estado português.

O prédio, projetado pelo arquiteto português Raul Lino, abriga uma série de obras de arte, sendo uma das mais relevantes delas um retrato de Pêro Vaz de Caminha pintado pelo brasileiro Di Cavalcanti. Vários dos salões contêm afrescos históricos no teto e azulejos azuis e brancos do século XVIII, com temas diversos. A capela, dedicada a Nossa Senhora da Rocha, é considerada uma obra de arte. Há, também, fontes internas nos jardins com água potável da região dos Sete Rios.

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