Comboios rápidos estão de regresso à Linha de Cascais

Incêndio numa subestação eléctrica provocou constrangimentos durante quase nove meses, mas condições de circulação foram repostas este sábado.

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Estação no Cais do Sodré Rui Gaudêncio/Arquivo
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A CP retoma na segunda-feira a operação de comboios rápidos na linha de Cascais, depois de a Infra-estruturas de Portugal ter conseguido repor as condições normais de circulação entre o Cais do Sodré e Alcântara-Mar, ao fim de nove meses de condicionamento.

Assim, anunciou a transportadora, nas horas de ponta da manhã (entre as 7h e as 10h) e da tarde (entre as 17h e as 20h), todos os comboios entre o Cais do Sodré e Cascais, e vice-versa, serão rápidos, permitindo fazer o percurso completo em 33 minutos. Estes comboios não param nas estações de Santos, Belém, Cruz Quebrada, Caxias, Paço de Arcos e Santo Amaro. Serão igualmente repostos os serviços entre Cais do Sodré e Oeiras, que saem dois minutos depois dos rápidos, e que param em todas estas estações.

O último comboio rápido a sair do Cais do Sodré será o das 20h24 (chega a Cascais às 20h57) e o último a sair de Cascais será o das 20h16 (chega ao Cais do Sodré às 20h49). Depois disso e fora das horas de ponta, os serviços param em todas as estações, esticando o tempo total de viagem para os 40 minutos. Aos fins-de-semana e feriados não há comboios rápidos.

Devido a um incêndio ocorrido em 19 de Março na subestação eléctrica do Cais do Sodré, causado por uma manobra de cablagem no âmbito de obras no Metropolitano de Lisboa, a circulação ferroviária entre Cais do Sodré e Alcântara-Mar tem funcionado com restrições, o que obrigou à redução da oferta, sobretudo nos períodos de hora de ponta. Em comunicado, a Infra-estruturas de Portugal (IP) referiu que as condições de exploração ferroviária seriam repostas a partir de sábado, quase nove meses após o incidente.

"Este trabalho revestiu-se de especial complexidade dada a antiguidade dos equipamentos afectados, dificultando a sua adaptação ao que o mercado oferece. Acresce ainda o facto de os prazos de fornecimento serem bastante alargados tendo a IP desenvolvido diversos esforços junto do mercado no sentido de encontrar alternativas com tempo de reposição mais curto, tendo-se optado por uma solução modelar/contentorizada, que permitiu reduzir o prazo de execução entre quatro e cinco meses face ao inicialmente previsto", indica a empresa. A IP refere que os trabalhos de reparação ficaram concluídos a 6 de Dezembro, tendo desde essa altura sido executados acabamentos finais de ligação à catenária.

No dia do incidente, numa nota divulgada na rede social Facebook, o Regimento Sapadores de Bombeiros de Lisboa revelou ter recebido um alerta às 08h08 para "muito fumo na subestação do Cais do Sodré, com corte imediato das linhas entre o Cais do Sodré e Alcântara", tendo o incêndio sido dado como extinto às 08h53. Cerca de 500 pessoas tiveram de ser retiradas pelos operacionais de dois comboios, um no sentido Lisboa-Algés e outro no sentido Algés-Lisboa. Segundo os Sapadores, foram ainda retirados cerca de 30 passageiros de um comboio que teve de parar em frente à antiga FIL, no sentido Algés-Lisboa.