Primeiros meses de 2025 no gnration com Tashi Wada, Julia Holter, Kim Gordon e Kara-Lis Coverdale

FIRE!, Vera Mantero com Susana Santos Silva e Tatiana Macedo preenchem também a programação entre Janeiro e Abril da sala bracarense, com concertos, exposições e performances.

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A histórica vocalista e guitarrista dos Sonic Youth apresenta a primeira exposição em Portugal, Object of Projection, entre 18 de Janeiro e 5 de Abril DR
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No ano em que Braga vai ser a Capital Portuguesa da Cultura, a programação dos primeiros quatro meses de 2025 do gnration será preenchida por uma série de artistas nacionais e internacionais de diferentes disciplinas, avançou esta sexta-feira a instituição.

O concerto do músico e compositor norte-americano Tashi Wada - filho do artista japonês Yoshi Wada, do movimento Fluxus -, juntamente com a cantora e compositora americana Julia Holter e o artista e baterista Corey Fogel, é um dos destaques da programação, agendado para o dia 1 de Março (faz escala no Teatro do Bairro Alto, em Lisboa, no dia 5).

O contingente internacional inclui ainda os canadianos Big Brave, banda que palmilha o experimentalismo mais ruidoso e as paisagens do doom metal, como se pode atestar no disco A Chaos of Flowers, lançado este ano e que será apresentado a 5 de Abril no gnration. Nesse mesmo mês, a 12, a sala bracarense recebe o trio de jazz vanguardista FIRE!, composto por Mats Gustafsson (saxofone), Johan Berthling (baixo) e Andreas Werliin (bateria), que também vêm com novo álbum na bagagem, Testament.

Atenções redobradas também para as já anunciadas presenças de Ben Chasny e Norberto Lobo, que a 14 de Fevereiro juntam-se em palco para assinalar o centenário do nascimento do mestre da guitarra portuguesa, Carlos Paredes (1925-2004), e para Object of Projection, a primeira exposição em Portugal da histórica cantora, compositora, baixista e guitarrista Kim Gordon, ex-Sonic Youth e autora de um dos melhores álbuns de 2024. Entre 18 de Janeiro e 5 de Abril, a sala bracarense apresenta uma retrospectiva do trabalho para lá da música (mas com ela incluída) desenvolvido pela norte-americana ao longo da última década, com especial enfoque na sua crescente série de instalações performáticas em vídeo.

O 2025 do gnration arranca no dia 11 de Janeiro com o espectáculo 30xN, que congrega o projecto @c, dos artistas sonoros e visuais Miguel Carvalhais e Pedro Tudela, e a plataforma Visiophone, do artista digital Rodrigo Carvalho. No dia 18 chega a canadiana Kara-Lis Coverdale, figura de relevo no território da música electrónica exploratória, que já passou pelo festival bracarense Semibreve.

Em Fevereiro, marcam presença o jovem compositor português Francisco Fontes (dia 7), a coreógrafa Vera Mantero e a trompetista Susana Santos Silva, em dueto (dia 9), e o novo projecto intercontinental de improvisação GRIOT 3000, do artista brasileiro de spoken word Rodrigo Brandão, com os instrumentistas Dudù Kouate, Luís Vicente, Carla Santana, Thiago Costa e Braima Galissá (dia 22). "Numa jornada inspirada pela lendária Organic Music Society de Don Cherry, GRIOT 3000 pretende coordenadamente pular a cerca entre a África Ocidental, o Nordeste Brasileiro e o Sul Europeu", pode ler-se na sinopse do projecto, que passará antes pelo Centro Cultural de Belém, em Lisboa, no dia 15.

Em Março, o gnration acolhe a estreia em palco do projecto Monstro, de Gonçalo Ferreira e Isaac Oliveira, no dia 8, seguindo-se, a 22, o concerto do contrabaixista Gonçalo Almeida em parceria com Susana Santos Silva e o percussionista e baterista Gustavo Costa, membro fundador do colectivo e associação Sonoscopia, sediada no Porto.

Já em Abril, Francisco Carneiro vai musicar o filme Diário de uma Criada de Quarto, de Luis Buñuel, a 24. Nesse mesmo dia são apresentadas a nova instalação da artista visual portuguesa Tatiana Macedo e a exposição Ana Vieira: Cadernos de Montagem, projecto organizado pelo Centro de Arte Oliva (São João da Madeira) que se debruça sobre a obra de uma das artistas mais influentes da arte portuguesa do século XX, pioneira nas práticas artísticas mais experimentais e expandidas, como a instalação, marcada pelas suas construções cénicas e teatrais. Com Agência Lusa

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